schema:text
| - Em entrevista ao Polígrafo, divulgada na última quarta-feira, questionado sobre se defende a teoria da grande substituição, segundo a qual os povos europeus estão a ser substituídos por populações oriundas de outros países, o líder do Chega afirmou: “Há um risco na Europa de uma crescente, não chamaria substituição… ah… substituição não é a melhor palavra. Eu acrescentaria que há um risco de uma crescente aglomeração, de uma, de uma… de uma certa adulteração, adulteração cultural e civilizacional da Europa com os fluxos migratórios dos países islamizados ou islâmicos.”
André Ventura não utilizou a palavra “substituição” por precaução: “Não gosto de usar coisas sem ter os dados completos. Não sei se esse processo em termos de equilíbrio populacional, mesmo em países como a Alemanha, a França ou a Bélgica, se já estão a um nível que se possa falar de substituição. Portanto prefiro falar de adulteração. Quando tiver os números di-los-ei logo, imediatamente.” Mas será possível que o próprio deputado já tenha utilizado esta palavra no Parlamento?
Sim. A 14 de outubro de 2021 o líder do Chega, que até partilhou as declarações no Facebook, disse o seguinte: “Podemos dar as voltas que quisermos, há um problema estrutural não só em Portugal como na União Europeia que se chama ‘substituição demográfica‘. E não tente dizer-nos que estamos a ser racistas ou xenófobos, a verdade é só uma: a União Europeia no seu conjunto tem vindo a ser substituída demograficamente por filhos de imigrantes. E esse é um problema que a Europa tem que enfrentar.”
[facebook url=”https://www.facebook.com/watch/?v=4749239195086921″/]
Em suma, Ventura precaveu-se em fevereiro de 2022 relativamente a uma expressão que tinha utilizado já em outubro de 2021.
____________________________
Avaliação do Polígrafo:
|