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| - Com toda a informação sobre os contratos públicos centralizada no portal Base, as autarquias estão atualmente, mais do que nunca, sujeitas ao escrutínio dos portugueses. Nas redes sociais, mais ainda quando se aproximam festividades, os contratos celebrados pelos municípios são vistos e revistos um a um. Até os que visam a compra de bolos-rei.
“Vinte. Mil. Euros. Em bolos-rei“, lê-se num tweet divulgado na quarta-feira, onde consta também um print do contrato celebrado entre a Câmara Municipal de Oeiras e a cadeia de supermercados, confeitarias e restauração oeirense “Bugifarol”.
Uma consulta ao portal Base permite confirmar que, para aquisição de um número desconhecido de bolos-rei, a autarquia de Isaltino Morais recorreu ao modelo de ajuste direto, por “ausência de recursos próprios”. Foram ao todo 19.967 mil euros, valor a que acresce o IVA, dedicados à compra deste bolos típicos de Natal.
No entanto, a compra de bolos-rei não é uma novidade para a Câmara Municipal de Oeiras (CMO) que, desde 2008, oferece o bolo típico do Natal a milhares de pessoas. Este também não foi o ano mais dispendioso: em 2010, com Isaltino na presidência, a autarquia adquiriu, segundo o contrato, 4.000 bolos-rei por um total de 33 mil euros, por ajuste direto.
Em declarações ao Polígrafo, a CMO confirma que “adquiriu 4.100 bolos-rei, que, tal como é tradição anual, se destinam a várias instituições de solidariedade social, agentes de segurança e proteção civil, funcionários do município, associações, hospitais e unidades de saúde, entre outros”.
A CMO confirma que “adquiriu 4.100 bolos-rei, que, tal como é tradição anual, se destinam a várias instituições de solidariedade social, agentes de segurança e proteção civil, funcionários do município, associações, hospitais e unidades de saúde, entre outros”.
O objetivo, garante a autarquia, “é contribuir para que milhares de pessoas, que ao longo do ano trabalham pela comunidade, possam ter uma quadra natalícia mais feliz, nomeadamente aqueles que dão tanto de si em prol dos outros, muitos desses com dificuldades económicas“.
“Em Oeiras trabalhamos todos os dias para a felicidade de todos os munícipes e é por isso que apresentamos os mais altos níveis de desenvolvimento e de coesão nacional, em várias áreas”, acrescenta a autarquia.
Questionada sobre se considera aceitável o valor do bolo-rei, a CMO informa que pagou 4,85 euros por cada quilo de bolo-rei, um valor “bastante abaixo do praticado no mercado tradicional, como facilmente se poderá confirmar”.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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