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  • Publicações compartilhadas nas redes sociais distorcem uma campanha de uma instituição internacional contra a exploração sexual infantil que mostra crianças manuseando brinquedos sexuais. O vídeo não é de um programa de TV na Holanda. O que dizem os posts Uma mulher aparece em um vídeo publicado no Instagram afirmando que "o mundo está doente" e que "querem sexualizar nossas crianças". Após as críticas ao suposto programa de TV holandês, ela exibe um trecho da propaganda. "O plano maligno é de a todo custo tentar escravizar nossas crianças! Um programa de televisão na Holanda apresentou para as crianças uma série de 'brinquedos' para elas tentarem descobrir o que era!", escreveu a autora do post na descrição. Outra publicação no TikTok com o mesmo conteúdo distorcido também diz que o mundo está doente e que a ideia foi de um "pragrama (sic)" de TV na Holanda. Por que é distorcido Peça faz parte de uma campanha contra a prostituição infantil, realizada em 2017 pela instituição internacional "Free a Girl" (Liberte uma Garota, em tradução livre), direcionada à Holanda. Ao fazer uma busca reversa de imagem com um print do vídeo, aparecem publicações que citam a propaganda e a organização (aqui). Pesquisando pela instituição no Google, um dos resultados encontrados é uma reportagem do jornal inglês Daily Mail sobre a propaganda (aqui). As duas publicações com a desinformação omitem o trecho da propaganda original em que imagens reais de uma criança sendo prostituída é exibida, e depois a mensagem "lute contra a prostituição infantil" aparece na imagem. O vídeo original está disponível no canal da Free a Girl no Vimeo (aqui) - o trecho omitido começa aos 35 segundos. De acordo com a reportagem do Daily Mail - que conversou com Evelien Hölsken, diretora e co-fundadora da instituição -, a ideia da campanha era chocar, ressaltando o contraste entre a inocência de crianças manuseando brinquedos sexuais e imagens reais de outra criança sendo prostituída. A peça tinha o lema "sexo não é brincadeira de criança". Segundo a Free a Girl, 7 mil meninas em todo o mundo já foram libertas da exploração sexual com a ajuda da organização (aqui). A instituição trabalha em conjunto com a polícia e as autoridades judiciais, além de investir em abrigo, aconselhamento sobre traumas, cuidados médicos, educação e formação profissional e na reintegração de vítimas de prostituição infantil. Viralização. A publicação no TikTok, compartilhada no último dia 20, registra 19,1 mil visualizações, 1.799 curtidas e 219 comentários. Já a postagem no Instagram, feita no dia 21 de agosto, tem 45,2 mil visualizações, 2.617 curtidas e 246 comentários. Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br. Fabíola Cidral conta como reconhecer logo de cara uma fake news Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.
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