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  • As redes sociais são, muitas vezes, um campo fértil para difundir informações falsas contra determinadas etnias, as quais servem muitas vezes para alimentar comentários racistas ou xenófobos. No passado dia 11 de abril, segundo uma publicação viral de Facebook, em 2020, 20% dos bebés nascidos em Portugal foram “não brancos” ou “não europeus”. Estas supostas informações surgem sustentadas por um alegado estudo onde várias instituições são citadas, como o Eurostat. Há ainda outro aviso a registar-se: “Aproximadamente 22-23% da taxa total de nascimentos dos 28 Estados-membros da UE são não brancos, este número só irá aumentar no futuro”. Trata-se, no entanto, de uma publicação errada. Em primeiro lugar, não é possível identificar de onde é que o gráfico foi retirado. Através da utilização de identificação de fontes de imagens, como a TineyEye ou a Google Imagens, não existem resultados semelhantes que comprovem a veracidade da publicação original. Depois, é preciso perceber se os dados apresentados podem ser verdadeiros. “O gráfico não é da Eurostat. Nós temos dados sobre o número de nascimentos discriminados pela cidadania da mãe ou pelo país de origem da mãe”. É assim que o Eurostat, serviço de estatística da União Europeia, começa por esclarecer, em respostas enviadas ao Observador, a alegada autoria do gráfico. Portanto, o autor da publicação original cita erradamente aquela instituição. Ou seja, o critério da cor não entra na equação. O Eurostat esclareceu ainda nas mesmas respostas enviadas ao Observador que estas duas variáveis que servem para contar o número de nascimentos no espaço europeu estão agregadas em categorias maiores: número total, países da União Europeia, países que não pertencem à UE, países estrangeiros, sem Estado ou que pertencem a um país declarante (entidade territorial que reporta as estatísticas através de um país parceiro). Resta saber o número real relativo a 2020. O problema é que, até ao momento, esses dados ainda não foram publicados. Portanto, o utilizador também não pode ter acesso a informação que não foi tornada pública por diferentes instituições europeias. Por isso, e citando os dados disponibilizados pelo Eurostat, é preciso recuar até 2019: dos 86.579 bebés que nasceram em território nacional, só 10.683 é que eram filhos de mãe com nacionalidade estrangeira. Por outro lado, 1.202 bebés são filhos de mãe com nacionalidade de um dos 28 Estados-membros. E 9.481 têm uma progenitora de outro países fora destes 28 ou de um país declarante. Ora, usando uma regra de três simples, percebemos que a percentagem está longe dos 20% alegados inicialmente. São, sim, cerca de 12% de bebés tinham mãe com nacionalidade não-europeia. E esta conta nem sequer diz respeito ao ano de 2020, nem tão pouco faz qualquer diferenciação racial. Conclusão Não é verdade que tenham nascido 20% de bebés não brancos em Portugal. O autor da publicação baseia-se num suposto gráfico com dados de 2020 que ainda nem sequer foram disponibilizados. Só existem dados de 2019 e estão longe da percentagem apresentada. Ao Observador, o Eurostat, uma das instituições referidas como suposta fonte dos dados, garante que não elaborou aquelas conclusões partilhadas no Facebook. Acrescenta ainda que o número de nascimentos, segundo o Eurostat, vêm discriminados pela cidadania da mãe ou pelo seu país de origem. Mesmo assim, essas duas variáveis vêm acompanhas de outras categorias maiores como os países da União Europeia ou países estrangeiros. Ou seja, os bebés nunca são contabilizados pela sua cor de pele no espaço europeu, segundo aquele organismo. Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é: No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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