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  • Uma publicação no Facebook argumenta que, embora Portugal não compre petróleo à Rússia há dois anos, é o país onde o preço dos combustíveis mais subiu. “Inacreditável”, avalia o autor da mensagem, entretanto partilhada por, pelo menos, outras sete contas na mesma rede social. É verdade que a dependência portuguesa ao petróleo russo é “relativamente limitada”, como João Gomes Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros, confirmou. Segundo o Ministério do Ambiente, desde 2020 que Portugal não importa petróleo da Rússia. Mas não é verdade que Portugal seja o país onde o preço do combustível mais subiu — e prova disso são os dados apontados por fonte oficial do Ministério do Ambiente, sistematizados em relatórios semanais dedicados ao petróleo publicados pela Comissão Europeia. A publicação não faz referência ao período em que o aumento do preços dos combustíveis em Portugal teria batido o de outros países (também não especifica que conjunto de países considera para a afirmação que faz. Mas olhemos para o documento publicado na segunda-feira anterior ao início da guerra na Ucrânia (21 de fevereiro) e o relatório da segunda-feira anterior à publicação das afirmações aqui em análise (2 de maio), que podem ser encontrados aqui. O preço por litro do gasóleo em Portugal a 21 de fevereiro, já depois de taxado, era aproximadamente 1,66 euros. Mas subiu desde então e, na última atualização antes de a publicação ter chegado ao Facebook, estava já nos 1,84 euros. É um aumento de 0,18 euros. Mas noutros países da União Europeia a subida foi maior. Entre os 27 países que compõem o bloco europeu, Portugal está sensivelmente a meio da tabela do aumento dos preços, em 13º lugar. Quem lidera a lista é a Suécia, com um aumento de 0,45 euros no mesmo período. Portugal continua sem ser o país que registou o maior aumento quando se olha para a gasolina. Entre 21 de fevereiro e 2 de maio, o preço deste combustível aumentou de 1,81 para 1,88 euros. São mais sete cêntimos mas, no mesmo intervalo, o preço na Dinamarca aumentou 0,27 euros. É este o país que lidera a subida. No que toca à gasolina, Portugal surge mesmo quase no fundo da tabela, em 21º lugar. Só seis países estão abaixo e, destes, apenas dois viram o preço da gasolina diminuir entre as duas datas em análise: Itália e Hungria, onde se pagava menos sete cêntimos. Mesmo que o autor da publicação se referisse ao preço dos combustíveis, não ao seu aumento, não seria verdade que Portugal liderava a lista — olhando apenas para a União Europeia ou não. O país que a 2 de maio tinha o gasóleo mais caro era também a Suécia (1,63 euros por litro); e, na gasolina, era a Dinamarca (2,18 euros). O argumento também não se verifica se olharmos para subida percentual — e não a subida absoluta — dos preços dos combustíveis, tanto para a gasolina como para o gasóleo. A subida de 0,45 cêntimos entre 21 de fevereiro e 2 de maio no valor do gasóleo corresponde a um aumento de 11,1% em relação ao preço na primeira data. Essa percentagem está longe de ser a maior: na verdade, é a quinta mais baixa da União Europeia. Neste tópico, a maior subida percentual foi a da Polónia, com 32,3%. O caso repete-se se fizermos contas à gasolina. O aumento de 0,27 euros em Portugal corresponde a uma subida de 3,6% — quarta subida mais baixa da União Europeia. Na Polónia, que também lidera a subida percentual do preço da gasolina, o aumento foi de 19,4%. Conclusão É falso que Portugal seja o país que registou maior aumento no preço dos combustíveis desde que a guerra na Ucrânia eclodiu — mesmo tendo em conta que é verdadeiro que Portugal não importa crude russo desde 2020. O maior aumento absoluto no preço do gasóleo verificou-se na Suécia; e no preço da gasolina o maior aumento registou-se na Dinamarca. Estes também são os países que, respetivamente, têm o gasóleo e gasolina mais caros da União Europeia. E a Polónia tem o maior aumento percentual em ambos os combustíveis. Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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