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| - Não é Salvador Ramos, que matou a tiros nesta semana 21 pessoas em uma escola em Uvalde, no Texas (EUA), a mulher transgênero que aparece em imagem que circula nas redes sociais (veja aqui). A foto mostra Sam, de 20 anos, que mora na Geórgia. Já o atirador foi morto pela polícia após o ataque.
Postagens com a alegação enganosa somavam ao menos mil curtidas no Instagram, centenas de compartilhamentos no Facebook e também circulam no Telegram e no WhatsApp, onde não é possível medir com precisão o alcance (Fale com a Fátima).
Foto do atirador que matou 19 crianças em Uvalde, no Texas, ontem
Publicações que circulam nas redes sociais enganam ao afirmar que a mulher trans que aparece na foto seria o atirador que matou 21 pessoas em uma escola primária no Texas, nos EUA, na terça-feira (24).
Sam, a jovem na imagem, tem 20 anos e mora no estado americano da Geórgia. Já o responsável pelo atentado na escola primária foi Salvador Ramos, 18 anos, morto pela polícia após o ataque em Uvalde.
Na foto, Sam aparece vestindo saia, meia-calça e com uma bandeira do orgulho trans. A foto foi retirada de seu perfil no Instagram e publicada no site 4chan horas após o tiroteio. Um dia depois do atentado, ela publicou uma foto no Instagram segurando um papel com a data “25 de maio de 2022” e a legenda “prova de que não sou o atirador morto no Texas”.
“Não é a primeira vez que sou assediada, mas é a primeira vez que sou acusada de assassinato”, disse ela, que não revela seu sobrenome por medo de ataques, em entrevista a emissora NBC. A reportagem afirma que fotos de outras mulheres transgênero foram usadas nas redes sociais como se mostrassem o autor do massacre.
Não há indícios de que Salvador Ramos, o verdadeiro autor dos ataques, tenha se identificado como mulher trans. Ex-colegas e familiares de Ramos afirmaram à mídia americana que o atirador sofria bullying na escola por dificuldades na fala e pelas roupas que usava.
A peça de desinformação circulou inicialmente nas redes americanas, foi disseminada por parlamentares dos EUA e depois passou a circular em outras línguas. A publicação enganosa foi desmentida por agências de checagem como o PolitiFact e o India Today.
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