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| - “Alterações ao Programa de Vacinação (PNV). A partir de 1 de outubro de 2020: vacina meningocócica B (Men B) para todas as crianças, no primeiro ano de vida, nascidos a partir de 1 de janeiro de 2019; vacina HPV para todos os rapazes, aos 10 anos, nascidos a partir de 1 de janeiro de 2019; vacina contra o rotavírus para grupos de riscos”, destaca-se na mensagem da publicação, acompanhada pela imagem de um suposto “esquema geral recomendado”.
“Em caso de dúvidas, informe-se junto do seu enfermeiro de família! Vacine-se, pela sua saúde. As vacinas salvam vidas”, acrescenta-se.
Vários utilizadores do Facebook denunciaram esta publicação como sendo falsa ou enganadora. Confirma-se?
Na página do Serviço Nacional de Saúde (SNS) confirma-se a informação de que o Programa Nacional de Vacinação (PNV) foi atualizado em 2020, através do Despacho n.º 12434/2019. Mediante essa atualização, a partir de 1 de outubro passam a integrar o PNV e a ser administradas de forma gratuita: a vacina meningocócica B (MEN B) para todas as crianças, no primeiro ano de vida; a vacina HPV para todos os rapazes, aos 1o anos; e a vacina contra o Rotavírus (vacina ROTA) para grupos de risco.
Ou seja, a informação difundida na publicação sob análise é verdadeira, apesar das denúncias em sentido contrário.
A vacina contra a meningite B que será administrada aos dois, quatro e 12 meses, aplica-se a todos os nascidos a partir de 1 de janeiro de 2019. Esta vacina já era comercializada e administrada em Portugal, mediante pagamento das famílias, mas passa agora a ser gratuita no âmbito do PNV.
Por sua vez, a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) já fazia parte do PNV, sendo administrada a raparigas aos 10 anos, em duas doses intervaladas por seis meses. Esta vacina é agora alargada aos rapazes, sendo que a sua administração não se altera. A Direção-Geral da Saúde (DGS) estima que serão vacinados anualmente cerca de 40 mil rapazes.
“Com o alargamento da vacina vamos ter uma cobertura mais ampla. A grande vantagem é melhorar a imunidade de grupo e reforçar o controlo do cancro do colo do útero”, afirmou Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, no final de 2019, em conferência de imprensa a propósito da nova versão do PNV.
O HVP destaca-se como o segundo carcinogéneo (substância que pode induzir a formação de um cancro ou de células malignas) mais importante a seguir ao tabaco. Está associado a 4,5% dos cancros (8,6% na mulher e 0,8% no homem).
A partir de 1 de outubro, a vacina contra o rotavírus passa também a ser administrada de forma gratuita, mas apenas aos grupos considerados de risco. “A comissão técnica considerou que não havia critérios para a integração [da vacina contra o rotavírus] no programa de vacinação de forma universal”, esclareceu Graça Freitas. Este vírus causa gastroenterite aguda, doença muito comum nos primeiros dois anos de vida, sendo a causa mais comum de diarreia grave com desidratação nessa idade.
Desde o início da pandemia de Covid-19 verificou-se uma quebra na vacinação. Em março, os números começaram a diminuir, tendo sido registada a administração de 427.378 vacinas, menos 53.155 do que no mesmo mês de 2019, de acordo com os dados compilados no portal do SNS. No entanto, a quebra mais acentuada verificou-se no mês de abril. Nesse mês foram administradas 247.810 vacinas, pouco mais de metade do número de vacinações em igual período de 2019.
Em nota publicada no final de março, a DGS já alertava para a importância de cumprir o PNV, considerando que a vacinação é uma “medida de saúde pública prioritária“. Na mesma nota, a DGS definiu como prioritária a vacinação no primeiro ano de vida que “confere proteção precoce contra 11 doenças potencialmente graves“, assim como a administração de vacinas a grupos de risco, doentes crónicos e grávidas.
Também a Organização Mundial da Saúde (OMS) já tinha deixado o aviso de que as campanhas de vacinação não podiam ficar para segundo plano devido à crise de saúde pública provocada pelo novo coronavírus, alertando para o perigo de doenças como o sarampo ou a poliomielite poderem ressurgir através de novos surtos.
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Avaliação do Polígrafo:
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