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| - “Wuhan, China. Discotecas e bares abertos. Sem [supostamente] novos casos há 168 dias, as ruas de Wuhan estão lotadas, assim como as discotecas. A cidade com 11 milhões de habitantes retomou a vida normal, enquanto na Europa se tomam medidas restritivas ‘fortes’”, pode ler-se na publicação em análise.
Na fotografia que acompanha este texto, observam-se jovens aglomerados num espaço fechado, naquilo que parece ser uma festa com a presença de DJ’s. Apesar da fraca qualidade da imagem, são visíveis algumas máscaras, ainda que a maior parte dos presentes não as esteja a usar.
Confirma-se que a cidade chinesa onde ocorreu o primeiro surto do novo coronavírus já retomou a “vida normal”?
Uma pesquisa pela fotografia, através do motor de busca de imagens TinEye, permite chegar a uma reportagem do jornal chinês escrito em inglês “Global Times“ de 30 de agosto. No artigo, lê-se que “1,4 milhões de estudantes voltam às escola e a cidade abraça um novo começo”. O jornal do grupo do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês, noticiou também que “alguns espaços de diversão noturna estão de volta aos seus negócios.”
O regresso a rotinas pré-pandemia em Wuhan também foi abordado num artigo publicado no “New York Times” a 23 de agosto, no qual se revela que na cidade “onde o coronavírus surgiu os parques aquáticos e os mercados noturnos estão lotados”. O jornal norte-americano compara inclusivamente a situação vivida no país asiático com o resto do mundo: “Enquanto nos Estados Unidos e em grande parte do mundo se está com dificuldades em conter a pandemia, a vida em algumas zonas da China voltou ao normal.”
Mais recentemente, o site da “BBC Brasil“ divulgou que Wuhan se “tornou num dos principais pontos turísticos da China” e que, durante a semana de 1 a 7 de outubro, “recebeu quase 19 milhões de visitantes, segundo dados do Departamento de Cultura e Turismo da Província”. Vivian Wu, editora do serviço chinês da “BBC”, assegurou, então, que “a cidade parece ter voltado ao normal, mas para muitas pessoas e muitos empresários, as coisas não são como antes e ainda há muita preocupação”.
À TSF, Luís Estanislau, um treinador de futebol português emigrado na China, disse, a 16 de outubro, que “à excepção do uso de máscara, que é obrigatório em locais fechados, tudo [está] normalíssimo”.
Conclui-se que é verdade que a cidade chinesa onde foram identificados os primeiros casos de Covid-19 regressou à “vida normal”, apesar da obrigatoriedade da utilização de máscara em espaços fechados, por exemplo. Além disso, segundo a “BBC”, Wuhan também se tornou num dos principais pontos turísticos da China.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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