schema:text
| - “O autocarro ocasional, único existente, passa pela paragem sem receber a mulher na cadeira de rodas e que tenta apressar, no possível, a sua oportunidade de o apanhar. Naturalmente o carro da frente pára, o de trás também – o autocarro fica imóvel – e os condutores saem para regatear a atitude do motorista e, na falta de apoio e equipamento compatível com a mobilidade da senhora, são eles mesmo que a põem no transporte público“, descreve-se na publicação em causa.
Questionada pelo Polígrafo, fonte oficial da Carris alega que a senhora em cadeira de rodas estaria “fora dos limites de paragem, situação que por regra inviabiliza a paragem do autocarro, uma vez que a legislação em vigor impede os motoristas de abrirem as portas para entrada de passageiros fora das paragens“.
Por seu lado, António Brito Guterres, autor do post e testemunha da situação, assegura que “a senhora estava a chegar à paragem“, mas não consegue precisar se o condutor “a ignorou ou não a viu“.
“Aquela rua não tem saída e o autocarro teve de dar meia volta e, por isso, a senhora atravessou a rua na cadeira de rodas e avançou para a frente do autocarro. Aí tenho a certeza de que quem conduzia o autocarro a viu“, sublinha.
Nem todos os veículos da Carris estão equipados com estrutura de rampa para pessoas com mobilidade reduzida. De uma frota de 717 autocarros, 537 (cerca de 75%) têm essas condições de acesso. “Todas as rampas são alvo de manutenção frequente, para que estejam operacionais. No processo de renovação da frota, todos os novos autocarros têm sido adquiridos com rampa de acesso“, destaca a Carris, na resposta ao Polígrafo.
No entanto, mesmo com a rampa de acesso em funcionamento, “o motorista deve ajudar o cliente a subir, caso este revele dificuldade em aceder ao interior do veículo e, da mesma forma, a descer“, informa a Carris.
Caso o motorista se aperceba de uma avaria na rampa de acesso “deve comunicar de imediato à Central de Controlo de Tráfego. Havendo um autocarro disponível procede-se à troca de veículo. Caso contrário, tenta-se salvaguardar, pela atuação da Central, de que o veículo seguinte terá a rampa de acesso a funcionar”.
As carreiras com condições de acessibilidade total para passageiros de mobilidade reduzida em Lisboa são as seguintes: 29B, 701, 703, 705, 716, 720, 722, 726, 728 (50% da frota), 729, 730, 735, 736, 744, 747, 755, 756, 767, 770, 778, 781, 782, 783, 794 e 798.
_____________________________________
Avaliação do Polígrafo:
|