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| - “A suposta e tão aclamada energia limpa para a qual colaboramos todos os meses na fatura da luz. São pás das torres eólicas feitas de plástico e fibra de vidro, não recicláveis, a serem enterradas depois do seu curtíssimo prazo de validade“, destaca-se no texto da publicação de 22 de janeiro, partilhada por mais de 1.300 pessoas no Facebook.
Confirma-se a autenticidade das imagens? E as alegações têm sustentação factual?
Importa desde logo sublinhar que as imagens em causa não foram captadas em Portugal. Na realidade têm origem numa reportagem da Bloomberg Green, de fevereiro de 2020, mostrando fragmentos de pás de torres eólicas num aterro em Wyoming, EUA.
Quanto às demais alegações, questionada pelo Polígrafo, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) esclarece que “o tempo de vida útil de todo o equipamento é estimado entre 20 e 30 anos“. Mais, indica que as pás de torres eólicas “são constituídas essencialmente por materiais leves como fibras de carbono e de vidro”.
No que concerne à reciclagem, a APA informa: “Encontram-se em estudo várias tecnologias de valorização e reciclagem destes resíduos, quer por recuperação das fibras, quer pela aplicação dos materiais noutros usos. Não obstante, aposta-se também na redução dos problemas associados a estes materiais quando em fim de vida pela atuação a montante, ou seja, pela investigação e inovação ao nível dos materiais ou desenvolvimento de designs modulares que facilitem a desmontagem/desmantelamento e a substituição de apenas algumas peças, ou ainda que permitam o aumento do tempo de vida útil destes componentes”.
Por outro lado, fonte oficial da EDP Renováveis assegura que “sempre que uma das pás das turbinas eólicas da EDP deixa de estar operacional, é encaminhada para reciclagem ou eliminada em instalações preparadas para o efeito”. De resto, garante que “tem diversos acordos com empresas especializadas, que fazem a reciclagem destas pás, utilizando depois os seus materiais em diversas novas funções“.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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