schema:text
| - “Quando temos jogadores com Covid e ganhamos somos os maiores, mas quando perdemos temos de arranhar sempre desculpa”, escreve-se numa das várias publicações críticas sobre Jorge Jesus que se multiplicaram pelas redes sociais após a conferência de imprensa do treinador do Benfica na véspera do jogo frente ao Nacional, para a I Liga, que acabou empatado (1-1).
A afirmação é acompanhada da partilha de um vídeo que compara declarações feitas por Jesus – a 22 de dezembro do ano passado e no passado fim de semana – sobre “o problema da Covid-19”.
Estas imagens são autênticas e confirmam a contradição de Jorge Jesus, que entretanto também foi confirmado como infetado com o SARS-CoV-2?
O Benfica foi eliminado da Taça da Liga pelo Sporting de Braga (derrota por 2-1), no passado dia 20, um jogo que chegou a ter a realização em causa depois de a equipa da Luz ter questionado a Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre se devia apresentar-se em campo. Tudo porque nessa altura, entre jogadores (sete), equipa técnica e staff, existiam quase duas dezenas de infetados com o SARS-CoV-2 na estrutura do futebol sénior.
Quatro dias após o afastamento da competição e na véspera do jogo frente ao Nacional para a I Liga, o técnico falou sobre o impacto do elevado número de infetados na gestão da equipa, deixando claro considerar que a Covid-19 prejudica o seu trabalho. “Todos os dias é uma incerteza: podes estar a pensar lançar um primeiro onze e no outro dia ficar sem dois ou três jogadores. Isto é uma novidade para todos nós, não é? Uma coisa é teres um problema de Covid-19 com um ou dois jogadores, outra coisa é teres dez ou 11 jogadores. São coisas completamente diferentes, a que nenhum treinador está habituado, agora vai começar a estar…”, começou por dizer.
“Todos os dias é uma incerteza: podes estar a pensar lançar um primeiro onze e no outro dia ficar sem dois ou três jogadores. Isto é uma novidade para todos nós, não é? Uma coisa é teres um problema de Covid-19 com um ou dois jogadores, outra coisa é teres dez ou 11 jogadores. São coisas completamente diferentes, a que nenhum treinador está habituado, agora vai começar a estar…”, começou por dizer o treinador do Benfica.
Jesus assumiu, depois, que sente nada poder fazer perante os problemas causados pela doença: “Eu sou impotente, não tenho força para reverter seja o que for. Tem de ser com os jogadores que estão em condições e é com esses que eu vou para a luta. [Com] os outros não posso fazer nada”. Aquando destas declarações, os “encarnados” registavam já 10 jogadores infetados com SARS-CoV2, além de outros 17 elementos do staff.
No entanto, em dezembro do ano passado, na conferência de imprensa de antevisão da final da Supertaça, a opinião do treinador era diferente. Quando confrontado com a ausência de Pizzi da partida – o jogador estava infetado com o novo coronavírus-, Jesus foi claro: “Lido melhor com a questão da Covid-19 do que a maioria dos jogadores do Benfica e não só. Eu estou habituado a isto, venho do Brasil, a ter oito, nove, dez jogadores com Covid-19. Para mim, isto é um problema científico, mas não é desportivo. A única coisa desportiva é que não o posso pôr a jogar”, garantiu aos jornalistas.
Quando confrontado com a ausência de Pizzi da partida – o jogador estava infetado com o novo coronavírus-, Jesus foi claro: “Lido melhor com a questão da Covid-19 do que a maioria dos jogadores do Benfica e não só. Eu estou habituado a isto, venho do Brasil, a ter oito, nove, dez jogadores com Covid-19. Para mim, isto é um problema científico, mas não é desportivo. A única coisa desportiva é que não o posso pôr a jogar”, garantiu aos jornalistas.
Na mesma declaração, Jesus disse também considerar que os casos de infeção de Covid-19 dentro das equipas não devem ser encarados como uma situação extraordinária. “Já tenho experiência de trabalhar em cima destas questões e destes problemas. Portanto, o único problema é que o Pizzi vai estar fora do jogo. E não mais do que isso. Para mim isto passa a ser um problema normal da sociedade, do mundo onde hoje vivemos”, reforçou.
__________________________________________
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
|