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| - “Quem terá sido o chico esperto que mandou colocar este cartaz… Devia ficar sem água e sem comida no mínimo seis meses para não ser atrasado mental”, comenta o autor da publicação, datada de 21 de janeiro de 2021.
A imagem do cartaz é autêntica?
Sim. Aliás, a instalação do mesmo já tinha gerado controvérsia em meados de 2019.
Através de um comunicado emitido na altura, a Associação São Francisco de Assis – Cascais (SFA), responsável pelo cartaz, explicou que foi colocado na Estrada do Guincho por ser um “local onde eram avistados os cães assilvestrados, mais conhecidos como ‘Matilha do Guincho’, problema que foi preciso resolver com recurso a práticas reconhecidas como eficazes e que salvaguardassem desde logo quer a ausência de sofrimento dos animais na captura, quer o sucesso da mesma, na medida em que a extensão do problema merecia intervenção urgente, célere e eficaz”.
De acordo com a SFA, tratava-se do local “onde mais eram avistados e onde os cuidadores informais, sem recurso a qualquer critério que não fosse o de alimentar os animais (no pressuposto de que isso os acalmaria e evitaria eventuais ataques a pessoas e outros animais) iam depositando alimentos, desde ração seca até alimentos cozinhados. A modalidade de captura decidida – por ser a que se reconhecia como mais adequada – foi a de instalar um dispositivo de captura, de grande dimensões, onde foram colocados alimentos e água no sentido de os habituar a aí saciar as suas necessidades diárias, até se atingir o ponto ideal de habituação”.
“Ora, para atingir o sucesso da iniciativa impunha-se que a lei (concorde-se com ela ou não) fosse cumprida – ou seja, que não se alimente animais na via pública – e não apenas pelo simples cumprimento da lei, mas sim, para garantir o sucesso da operação – o que veio a suceder porque, para além do aviso, o local foi sendo monitorizado pelas nossas equipas e da polícia municipal e, pedagogicamente, as pessoas sensibilizadas para colaborar cumprindo o que se pedia. Foi, como facilmente se percebe, um imperativo da segurança e saúde públicas, e não, como alguns tentam fazer crer, uma afronta ao bem-estar e à proteção animal”, salienta-se no mesmo comunicado.
Cerca de dois anos depois, o cartaz permanece no mesmo local. Questionada pelo Polígrafo, a SFA indica que “continua a haver indícios de animais errantes” que têm “sob monitorização“, para o caso de o problema voltar a surgir.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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