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| - Anualmente a revista Fortune divulga uma lista de 50 personalidades a nível mundial que, no ano anterior, foram considerados os maiores líderes do mundo. Sérgio Moro, antigo juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, fez parte da lista referente ao ano de 2016, quando ainda não exercia funções governamentais – nessa altura destacava-se pela condução com punho de ferro da Operação Lava Jato, que colocou na cadeia algumas das principais figuras da política brasileira, de que o caso mais visível é o ex-Presidente da República Lula da Silva.
No entanto, uma mensagem que está a ser partilhada insistentemente a circular nas redes sociais brasileiras refere que Sérgio Moro foi considerado o 13.º maior líder do mundo este ano, o mesmo posto que a revista Fortune lhe atribuiu em 2016. Desde então, Sérgio Moro não voltou a fazer parte da lista.
As mensagens e publicações que têm sido disseminadas referem, segundo a plataforma de fact-checking “E-Farsas”, que a notícia da nomeação do antigo juiz chegou recentemente ao Congresso Nacional. Tendo em conta que o atual ministro não faz parte da lista de 2018, essa informação é falsa. Na mensagem são incluídas as referências a Angela Merkel e ao Papa Francisco, duas personagens que também não figuram na mais recente lista.
Sérgio Moro foi a principal surpresa do elenco governamental apresentado por Jair Bolsonaro. Apesar de ter afirmado em 2016 que “jamais” aceitaria entrar na política, o juiz acabou por se deixar seduzir pela cadeira do poder. Par trás ficou uma declaração paradigmática: “Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem de política”, afirmou, em entrevista ao jornal Estadão.
O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil vai estar em Portugal no próximo mês de maio para participar no Fórum Internacional Conferências do Estoril, que este ano tem como tema a justiça. O evento está agendado para os dias 27, 28 e 29 de maio, na Nova School of Business and Economics, e conta ainda com a participação da ex-Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, e de Rigorberta Menchú, vencedora do Nobel da Paz, entre outros.
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