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| - Mensagem falsa de 2018 sobre urnas apreendidas no RS é reciclada em 2022
É falso que urnas foram apreendidas no município de Serafina Corrêa, no Rio Grande do Sul, com 81% de votos para Lula. A desinformação, que circula em mensagens do WhatsApp e em posts no Facebook, é uma versão do mesmo conteúdo falso já desmentido durante as Eleições de 2018.
O que diz a publicação? A mensagem diz que foi noticiado na rádio Odisséia FM, de Serafina Corrêa (RS), que a Brigada Militar local apreendeu quatro urnas eletrônicas no carro de um homem chamado Thiago Feronato e que três delas já tinham votos para o candidato do PT à presidência da República, que correspondia a 81%. Exatamente o mesmo conteúdo circulou com o nome do candidato do PT em 2018, Fernando Haddad. A peça de desinformação reciclada é a mesma e apenas o nome do candidato foi alterado. A referência "#B17" ao final da mensagem indica uma espécie de assinatura dos apoiadores do candidato Jair Bolsonaro no pleito de 2018, quando o número do seu partido, PSL, era 17. Este ano ele concorre pelo PL, cujo número é 22.
O que diz a rádio? Nas redes sociais, a Odisséia FM negou que tenha noticiado isso. "Está sendo compartilhado em grupos de WhatsApp um print referindo-se à Rádio Odisséia FM que cita uma apreensão de urnas eletrônicas. É uma fake news, e pedimos a colaboração de todos para que essa notícia não seja mais compartilhada", diz o comunicado da rádio no Facebook e no Instagram.
O que diz o TSE? O conteúdo também foi desmentido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na página Fato ou Boato, que lembrou que a mesma desinformação circulou em 2018 e foi desmentida por agências de checagem na época. De acordo com o TSE, a imagem que acompanha o conteúdo era, na verdade, de um veículo que fazia o transporte de urnas eletrônicas da cidade de Autazes (AM) até a capital do estado do Amazonas, Manaus. Os equipamentos estavam sendo levados para manutenção por um servidor da Justiça Eleitoral e não havia irregularidade no procedimento.
Antes da votação é emitido um documento chamado zerésima, que atesta a inexistência de voto registrado na urna eletrônica.
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