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| - “Soldado russo atropelado numa cerimónia marcando o fim do treinamento de um grupo de reservistas. A visibilidade de dentro de um blindado é mesmo muito limitada e é precisamente por isso que é necessário ter atenção redobrada, principalmente quando se sabe que há pessoas por perto”, descreve-se numa das publicações do vídeo em causa, no Facebook, datada de 13 de outubro.
Nas imagens parece ver-se um grupo de soldados (ou recrutas) alinhados no âmbito de um desfile militar. Aproximam-se dois veículos e o da frente, um tanque blindado, ao contornar o grupo em curva acentuada, atinge um dos soldados.
Mediante pesquisa na aplicação “TinEye”, contudo, verificamos que estas imagens foram captadas em 2014.
Aliás, o incidente foi reportado nessa altura em várias notícias. No dia 16 de junho de 2014, o jornal britânico “Daily Mail” informou que um jovem soldado tinha ficado gravemente ferido, após ter sido abalroado por um tanque durante um desfile militar.
Tratava-se de Pavel Touromov, de 19 anos de idade, que tinha acabado de completar o treino militar na cidade russa de Ussuriysk, junto à fronteira com a China.
Meios de comunicação social russos também reportaram o mesmo acontecimento ocorrido em junho de 2014, indicando que estava sob investigação das autoridades. No entanto, nomeiam o soldado como sendo Alexei Agishin, de 18 anos, e referem que estaria a prestar juramento no momento do atropelamento.
Outras fontes com origem na Rússia identificam o soldado como Anatoly Agishin, difundindo até um seu retrato. Na sequência do atropelamento terá passado quase um mês no hospital. O acidente ocorreu no dia 12 de junho de 2014, durante o desfile de juramento dos recrutas da 83.ª brigada das tropas paraquedistas da Federação Russa.
Apesar das dissonâncias quanto ao nome do soldado, entre outros detalhes do acidente, o facto é que as imagens do vídeo foram captadas há mais de oito anos. Na medida em que o vídeo está agora a ser partilhado nas redes sociais como se fosse atual ou recente, no contexto da guerra em curso na Ucrânia, acaba por reproduzir desinformação.
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Avaliação do Polígrafo:
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