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  • Postagens enganam ao alegar que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso atribuiu ao presidente Jair Bolsonaro (PL) a ordem para o sobrevoo de um caça da FAB (Força Aérea Brasileira) que quebrou vidraças do prédio da corte em 2012 (veja aqui). Em discurso recente, o magistrado se referiu a uma declaração do ex-ministro da Defesa Raul Jungmann de que o mandatário teria determinado que aviões da Aeronáutica fizessem rasantes sobre a instituição no ano passado. Este conteúdo enganoso reunia ao menos centenas de compartilhamentos no Facebook nesta terça-feira (22). TOGAQUISTÃO | BARROSO PROPAGA DESINFORMAÇÃO E ACUSA BOLSONARO DE MANDAR CAÇAS DAREM RASANTE PERTO DO STF, PORÉM O FATO FOI EM 2012 NO GOVERNO DE DILMA ROUSSEFF Não é verdade que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso atribuiu em discurso recente ao presidente Jair Bolsonaro um sobrevoo de caça da FAB (Força Aérea Brasileira) que quebrou vidros do prédio da corte em 2012. O caso citado pelo magistrado foi relatado primeiro pelo ex-ministro da Defesa do governo Temer Raul Jungmann à Veja no ano passado. Segundo ele, o mandatário teria determinado que aviões da Aeronáutica dessem voos rasantes sobre a instituição. A citação à fala de Jungmann foi feita no discurso de despedida de Barroso da presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na quinta-feira (17). Nele, o magistrado afirmou que, nos últimos tempos, as ameaças à democracia e às instituições brasileiras não teriam sido apenas verbais, e citou a suposta ordem de Bolsonaro como exemplo de ação intimidatória. A acusação foi feita originalmente pelo ex-ministro da Defesa Raul Jungmann à revista Veja, em agosto do ano passado. “Ele [Bolsonaro] chamou um comandante militar e perguntou se os jatos Gripen estavam operacionais. Com a resposta positiva, determinou que sobrevoassem o STF acima da velocidade do som para estourar os vidros do prédio. Bolsonaro mandou fazer isso, tenho um depoimento em relação a isso. Ao confrontá-lo com o absurdo de ações desse tipo, eles foram demitidos”, disse. Dias depois da publicação da revista, o tenente-brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, demitido do comando da Aeronáutica em março de 2021, negou ter recebido ordem de Bolsonaro para o sobrevoo. As postagens associam enganosamente a fala de Barroso a um caso ocorrido em 1º julho de 2012, quando um caça Mirage F-2000 fez um voo rasante que quebrou 65 vidraças do STF durante a cerimônia da troca da bandeira na Praça dos Três Poderes. O piloto foi afastado no dia seguinte, mas não sofreu punições. Aos Fatos integra o Third-Party Fact-Checking Partners, o programa de verificação de fatos da Meta. Veja aqui como funciona a parceria.
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