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| - “Um conhecido de esquerda enviou-me esta belíssima fotografia da candidata do Chega à Câmara da Batalha, numa de me fazer ‘corar’ (sentido figurado, sou black), ao que agradeci a Deus por ser do Chega! Viva Portugal! Vivam as portuguesas! Viva a Batalha! Viva André Ventura!”, escreveu “MaoTset84319200” ou, melhor dizendo, Luc Mombito, como a fotografia não deixa esconder.
Antes do tweet em análise, divulgado a 5 de setembro, Luc Mombito já tinha escrito que “sim, o partido Chega tem mulheronas”, referindo-se mais uma vez à candidata à presidência da Câmara Municipal da Batalha, Sara Santos.
[twitter url=”https://twitter.com/MaoTset84319200/status/1434544644294070274″/]
De facto, as semelhanças entre a candidata autárquica ao Município da Batalha, Sara Santos, e a pessoa a quem pertence a fotografia divulgada por Mombito, gestor de redes sociais do Chega, são inegáveis até para os integrantes do partido pelo qual Sara Santos se candidata. Mas inegável é também o facto de a fotografia ter sido partilhada originalmente por Elle Wavey, autodenominada comediante na sua página pessoal de Instagram.
Foi através do Twitter que Elle Wavey se apercebeu de que a sua fotografia tinha sido utilizada como correspondendo a uma candidata autárquica. Em declarações ao Polígrafo, diz considerar que esta se trata de uma “forma bizarra de fazer campanha”, uma vez que as suas fotos estão “a ser utilizadas em Portugal sem consentimento“.
Wavey confessa ainda que toda a situação a fez “sentir desconfortável”, uma vez que quer que as pessoas a conheçam através dela e “não como alguém que está a concorrer a umas eleições autárquicas”. Especialmente enquanto “candidata da extrema-direita”, à qual não quer ser associada.
No que respeita a Sara Santos, a candidata de 31 anos, médica veterinária, é estreante na política local, tendo dito em entrevista à agência Lusa que “o facto de ter 31 anos e de não ter experiência política, não significa que não tenha conhecimento, coragem, valores e caráter”.
Sob o mote “Chega dos mesmos, é tempo de mudança”, a candidata disse mesmo não encarar estas características “como uma desvantagem, muito pelo contrário, demonstra que não tenho qualquer vício político e que não estou sujeita a jogos de interesse, até porque não preciso da política para subsistir”.
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Avaliação do Polígrafo:
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