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| - Em artigo publicado hoje, dia 2 de outubro, o Polígrafo verificou que a gaguez de Joacine Katar Moreira não é recente. A título de exemplo, no dia 14 de novembro de 2018, a ativista e feminista participou no programa “Super Swing” do Canal Q, tendo sido entrevistada por Joana Barrios e André E. Teodósio. Na gravação em vídeo do programa verifica-se que a gaguez já era notória nessa altura, quando ainda não era candidata a deputada pelo partido Livre.
Estão a circular nas redes sociais diversos vídeos que mostram Joacine Katar Moreira a discursar mais fluidamente e sem gaguez. Nas mensagens que acompanham essas publicações insinua-se ou acusa-se explicitamente a candidata a deputada de estar a fingir que é gaga durante a campanha por motivos eleitoralistas. O referido artigo do Polígrafo visava esclarecer que se trata de uma falsidade.
“Desde que a conheci – e tenho trabalhado há muitos anos com ela e assistido a eventos – foi sempre gaga. Ela não é a Rachel Dolezal da voz. Teria de estar há muitos anos a fingir uma coisa que é um entrave para a vida dela“, sublinhou André E. Teodósio, contactado pelo Polígrafo.
Não obstante, logo após a publicação do artigo recebemos várias mensagens questionando sobre se o grau de gaguez pode variar mediante diferentes momentos e contextos. Para dissipar essas dúvidas questionámos duas terapeutas da fala.
“A gaguez tem várias origens e vários tipos de manifestações. Não existe uma gaguez, a gaguez está dentro do grande grupo das disfluências e tem várias origens e vários tipos de manifestações. Obviamente que o nosso estado de espírito vai influenciar, mas não há uma regra sobre a forma como vai influenciar. Não há uma fórmula única que se possa aplicar”, afirma Sandra Cruz.
Para depois concluir: “Se me está a perguntar se acho que a Joacine se aproveita da condição ou finge, não acho, de todo. Acho que é perfeitamente normal a variação na mesma pessoa“.
No mesmo sentido aponta Carolina Mira, sublinhando que “numa pessoa adulta, a gaguez varia consoante os contextos, não há a menor dúvida” relativamente a esse facto.
Avaliação do Polígrafo:
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