schema:text
| - É falso que um vídeo que circula nas redes mostra um ato ocorrido no último sábado (6) que pedia pelo impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Indícios presentes nas imagens atestam que elas foram gravadas, na verdade, em 2 de novembro de 2022, durante uma manifestação golpista contra o resultado das eleições ocorrida em frente ao Comando da 5ª Região Militar do Exército, em Curitiba.
Publicações que compartilham o vídeo fora de contexto acumulavam 250 mil visualizações no TikTok e mais de 1.000 compartilhamentos no Facebook até a tarde desta sexta-feira (12).
06/05/2023. Começou o movimento derruba Lula. Fora Lula ladrão! Impeachment Lula e Moraes
O vídeo de uma manifestação golpista ocorrida em Curitiba no ano passado tem sido compartilhado nas redes como se fosse recente e mostrasse um protesto ocorrido no último sábado (6) contra o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes. Ainda que o Aos Fatos não tenha encontrado a gravação original, indícios presentes nas imagens atestam que o ato ocorreu em 2 de novembro de 2022 em frente ao Comando da 5ª Região Militar do Exército, na capital paranaense. Na ocasião, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protestavam contra o resultado das urnas.
Em busca nas redes, o Aos Fatos encontrou diversos registros publicados no dia 2 de novembro do ano passado que mostram as mesmas faixas e o mesmo trio elétrico que aparece nas peças de desinformação (veja comparação abaixo).
Comparação. Imagens publicadas no dia 2 de novembro do ano passado (à esq.) mostram as mesmas faixas que aparecem em vídeo que circula como se fosse recente (à dir.)
Uma foto que mostra a mesma faixa golpista presente no vídeo também aparece em notícia publicada pela BandNews Curitiba sobre os protestos do ano passado.
O movimento retratado no vídeo foi um dos vários atos golpistas que ocorreram em frente a quartéis do Exército após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais. De acordo com relatos do protesto publicados na imprensa, os manifestantes se reuniram diante de áreas militares em Curitiba naquela data para alegar que o pleito havia sido fraudado e defender um golpe militar.
No dia 9 de janeiro, um dia após os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em Brasília, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a desmobilização de todos os acampamentos em frente aos quartéis.
|