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| - “Vocês acham que são o quê? Alemães? Nós somos vistos como a periferia burra pelos europeus pure blood. Metade de vocês tem sangue árabe no corpo”, lê-se no texto da publicação, datada de 25 de janeiro de 2019, mas que voltou a ser partilhada em grande escala mais recentemente no Facebook.
“Tenham pelo menos a vergonha na cara de saber o vosso lugar e quando mandarem um angolano para a terra dele, lembrem-se que amanhã vai ser um inglês ou um francês a mandar-vos para a vossa”, concluiu-se, surgindo depois a imagem onde se destacam as frases “morte aos portugueses” e “viva a Frente Nacional”, pintadas a tinta vermelha numa parede.
Essa imagem é autêntica?
Sim, mas foi captada há mais de seis anos, em dezembro de 2015, retratando um ato de vandalismo ocorrido em França.
De acordo com os relatos da imprensa na altura, o ataque à sede do Clube Português de Brie-Comte-Robert, a sudeste de Paris, aconteceu na madrugada de 8 para 9 de dezembro de 2015.
As paredes, segundo contou o Diário de Notícias, apareceram com frases como “morte aos portugueses” e “viva a Frente Nacional“.
Foram feitas pichagens em mais paredes, nas quais se declarava também “morte aos estrangeiros” e “aos ciganos”, juntamente com o nome do representante local da Frente Nacional, Morgann Vanacker. Detectou-se ainda uma cruz suástica pintada.
Estes atos de vandalismo ocorreram após a vitória da Frente Nacional de Marine Le Pen na primeira volta das eleições regionais francesas.
“Claro que as pinturas feitas nos nossos muros têm a ver com as eleições”, disse então ao Jornal de Notícias o presidente do Clube Português, José Rodrigues.
Em declarações ao jornal francês Le Parisien, o mesmo José Rodrigues anunciou que não iria apresentar queixa, ao contrário do que decidiu a autarquia local. “Seria dar demasiada importância a quem protagonizou o ataque”, explicou.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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