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| - Não é verdade que o apagão ocorrido na terça-feira (15), que afetou todos os estados brasileiros exceto Roraima, foi o causador de 5.765 mortes de pacientes em hospitais. O Ministério da Saúde informou que a informação é falsa e que não há registro de mortes relacionadas ao incidente, enquanto a Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) também afirmou que não houve impacto aos pacientes nos 122 hospitais ligados à instituição. Além disso, a RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) nº 50/2002, proposta pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), determina a obrigatoriedade do uso de sistemas de geração própria de energia elétrica, garantindo o funcionamento contínuo e ininterrupto dos estabelecimentos de saúde em casos de quedas de energia.
Publicações com o conteúdo falso acumulavam 102 mil visualizações no X (ex-Twitter) e centenas de compartilhamentos no Facebook até a manhã desta segunda-feira (21). O conteúdo também circula no WhatsApp, plataforma em que não é possível medir o alcance (fale com a Fátima).
Durante o apagão provocado pelo desgoverno Lula nesta manhã de terça, milhares de pacientes internados em hospitais de todo Brasil vieram a falecer em decorrência da interrupção do funcionamento de aparelhos. Até o momento, já foram computadas 5765 mortes
Publicações nas redes mentem ao afirmar que o apagão ocorrido na manhã de terça-feira (15) foi responsável pelo falecimento de 5.765 pacientes em hospitais, em decorrência da interrupção do funcionamento dos equipamentos. Em conversa ao telefone com Aos Fatos, o Ministério da Saúde negou a alegação, ao qual classificou como “absurda”, e afirmou não haver qualquer informação sobre mortes em decorrência do apagão. A Anahp também alegou não haver registros de mortes resultantes do apagão.
A peça de desinformação original surgiu de um usuário no X (antigo Twitter). No entanto, pouco tempo após a publicação o perfil respondeu à própria postagem, afirmando ter sido enganado por uma fonte e que a informação publicada por ele seria falsa.
Segundo o Ministério da Saúde, a legislação vigente que regulamenta os projetos físicos de EAS (estabelecimentos assistenciais de saúde) é a RDC nº 50/2002, proposta pela Anvisa. Ela determina que hospitais e estabelecimentos de saúde no Brasil, públicos ou privados, são obrigados a possuir sistemas de geração própria de energia elétrica. Deste modo, assegura-se o funcionamento contínuo dos equipamentos vitais em caso de interrupção do suprimento de energia elétrica, bem como a segurança dos pacientes.
Fonte de desinformação. Apesar de recente, as causas do apagão vem sendo alvo de rumores e desinformação. O Aos Fatos identificou que apoiadores do presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT) utilizaram a falta de dados sobre o incidente para espalhar rumores sem comprovação, conectando o apagão à privatização da Eletrobrás, concretizada no mandato de Jair Bolsonaro (PL).
Por outro lado, políticos e usuários de direita também aproveitaram a falta de provas para alegar que o apagão foi premeditado por petistas para justificar o decreto assinado por Lula no início do mês, que autoriza o Brasil a importar energia da Venezuela. Entretanto, a determinação deve beneficiar apenas Roraima, o único estado não afetado pelo apagão.
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