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| - Na sessão plenária desta tarde, na Assembleia da República, a deputada do Chega, Rita Matias, respondeu a Paula Santos, do PCP, com o que diz ser o “legado” da governação socialista: mais de quatro milhões de portugueses no limiar da pobreza, mais de 750 mil jovens a sair do país e mais de dois milhões de portugueses sem médico de família. E acusou a comunista de dar a mão ao Governo e ao PS:
“Sra. deputada Paula Santos, ouvi-a chamar à responsabilidade o partido Chega por diversas vezes ao longo das suas respostas, mas queria dizer apenas uma coisa: o Chega efetivamente será Governo de Portugal e, aí, a sra. e todos os outros partidos poderão chamar o Chega à responsabilidade. Até lá, não tente imputar ao nosso partido as responsabilidades que são vossas. Se houve partido que deu a mão ao Partido Socialista e que permitiu que António Costa estivesse no Governo foi o Partido Comunista.”
Depois de se ilibar de responsabilidades, a deputada trouxe para o debate o “legado” da governação socialista, apoiada pelo PCP durante a “geringonça”, e lembrou: “Quatro milhões de portugueses têm rendimentos abaixo do limiar da pobreza. Mais de 750 mil jovens saíram de Portugal durante a governação socialista. É um legado seu, não é nosso. Há mais de dois milhões de portugueses sem médico de família. É um legado seu, não é do Chega.”
Segundo os últimos dados disponíveis no portal “Transparência” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o número de utentes inscritos em Cuidados de Saúde Primários sem médico de família atribuído voltou a aumentar para um total de 1.608.204 no final do mês de março, entre os quais 30.414 por opção. Tudo somado, estamos perante 1.638.618 utentes sem acesso a médico de família, um valor que fica longe do apontado pela deputada Rita Matias esta tarde, no Parlamento.
Tal como o Polígrafo já escreveu, o número de utentes inscritos em Cuidados de Saúde Primários também tem aumentado. Por exemplo, cresceu de 10.505.410 em março de 2022 para 10.582.350 em março de 2023. Mas não o suficiente para explicar o nível mais elevado de crescimento do número de utentes sem médico de família, que ainda assim não ultrapassa, por enquanto, os dois milhões.
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Avaliação do Polígrafo:
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