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  • O que estão compartilhando: vídeo mostraria imigrantes venezuelanos voltando ao país em barcos para as eleições presidenciais. O conteúdo foi publicado no Instagram na data da votação, dia 28. A legenda diz: “Venezuela fecha fronteiras, mas venezuelanos voltam de lancha pelo lago Maracaibo”. O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O vídeo mostra um evento de campanha em favor do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Maracaibo, no estado de Zulia. As imagens foram publicadas originalmente no X (antigo Twitter) no dia 25 deste mês, três dias antes das eleições. A gravação não poderia datar da votação no último domingo, 28, pois as autoridades do país fecharam as fronteiras do dia 26 a 29 de julho. Leia também Saiba mais: O conteúdo verificado aqui circula no Instagram e no WhatsApp. Leitores pediram a verificação pelo número (11) 97683-7490. O vídeo mostra várias lanchas, algumas com a bandeira da Venezuela, gravadas de cima de uma ponte. Tanto no Instagram quanto no WhatsApp, a legenda afirma que seriam “imigrantes venezuelanos regressando à sua pátria para votarem”. Mas isso não é verdade. No dia 28, agências de checagem da América Latina como Chequeado, EsPaja.com e Cazadores de Fake News provaram que a cena é do dia 25 de julho. Ela mostra apoiadores de Maduro em evento de campanha, no estado venezuelano Zulia. O vídeo original foi publicado no X dia 25 de julho. As imagens são do dia anterior ao fechamento das fronteiras da Venezuela pelas autoridades do país, em razão das eleições do dia 28. O local da gravação é a Ponte General Rafael Urdaneta, que conecta a cidade de Maracaibo com o restante do país. O espaço sediou um evento de encerramento de campanha em favor de Nicolás Maduro naquela data. Um registro mais completo está disponível no YouTube. Confira: O boato de que o vídeo mostraria “imigrantes venezuelanos regressando para votarem” também foi desmentido no Brasil por Lupa e Aos Fatos. Restrições a venezuelanos imigrantes Além das fronteiras fechadas, o Estadão noticiou mais restrições ao voto de venezuelanos que moram fora do país no último domingo. De um total de 21 milhões de eleitores, entre 3,5 milhões e 5,5 milhões dos elegíveis para escolherem um novo presidente vivem fora do país. Apenas 69 mil conseguiram passar pelas regras rigorosas impostas pelo governo Maduro e se registrar. Os imigrantes ainda tiveram de lidar com longas filas em consulados, atrasos, falta de informação por parte dos funcionários autorizados e uma lei que exige que cidadãos no exterior possuam “residência” ou “permanência legal” no país onde vivem para poderem votar. Em razão disso, vistos não foram aceitos como formas de identificação. O Centro Carter, um dos principais observadores internacionais do processo eleitoral no mundo, declarou na terça-feira, 30, que o processo eleitoral na Venezuela não pode ser considerado democrático.
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