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  • Os problemas de Mamadou Ba com as forças de segurança, nomeadamente com a Polícia de Segurança Pública, não começaram com os recentes episódios de violência do bairro da Jamaica – os mesmos que o motivaram a escrever um post no Facebook que se tornou viral nas redes sociais. Nele, em referência ao vídeo da carga policial sobre alguns moradores do bairro da Jamaica, Mamadou escreveu o que se segue: “Sobre a violência policial, que um gajo tenha de aguentar a bosta da bófia e da facho esfera é uma coisa natural, agora levar com sermões idiotas de pseudo radicais iluminados é já um tanto cansativo, carago.” Em 2016, Mamadou Ba subscreveu uma petição pública (disponível aqui) em que, entre outras coisas, defendia a “desmilitarização imediata da polícia, e o fim imediato das operações do CIR (Corpo de Intervenção Rápida) nos nossos bairros, como primeiro passo rumo à abolição total da PSP e GNR, e sua substituição por mecanismos de garantia da segurança colectiva, baseados nas comunidades”. [Portugal é..] um país que agora endeusa Éder, mas que recentemente obrigou Renato Sanches a mostrar os papéis para confirmar a sua idade; um país, cujo hino e bandeira celebram a conquista e a vitória sobre os nossos antepassados”, escreve Mamadou Ba. No texto em causa, também divulgado no jornal Público (onde co-assina com João Delgado, Kitty Furtado e Sadiq S. Habib), Mamadou Ba insurge-se contra o facto de “as recentes conquistas desportivas nacionais” estarem a ser utilizadas pelos políticos como um símbolo da multiculturalidade e harmonia inter-racial em Portugal – uma tese que contesta, por lhe parecer que suporta um “branqueamento” da realidade. E qual é a realidade? A realidade é que Portugal acabara de vencer o campeonato europeu de futebol com uma equipa multi-racial, mas, segundo Mamadou, esse facto nada dizia sobre o que Portugal é. E o que é Portugal? Resposta de Mamadou: “É um país que está longe de corresponder à imagem idílica que dele tem vindo a ser feita nos últimos dias. Um país cujo currículo educativo deprecia a população não-branca (em particular os negros e os ciganos), relegando-a para o lugar do Outro, selvagem e primitivo, nos manuais de História; um país que pratica o terrorismo de Estado nos bairros periféricos de Lisboa, essas autênticas colónias internas onde se concentram as populações não-brancas, nas quais vigora um estado de exceção permanente, e onde uma polícia militarizada se comporta como um exército ocupante levando a cabo, com total impunidade, execuções extrajudiciais; um país que viu e vê nascer inúmeros filhos e filhas de imigrantes, mas lhes nega a nacionalidade; um país que agora endeusa Éder, mas que recentemente obrigou Renato Sanches a mostrar os papéis para confirmar a sua idade; um país, cujo hino e bandeira celebram a conquista e a vitória sobre os nossos antepassados.” Face a este diagnóstico, Mamadou exige a tomada de “medidas concretas” por parte do poder político. Uma delas é o fim da PSP e da GNR. Mas há outras: - “Medidas que garantam o acesso efectivo às esferas da sociedade que nos permanecem vedadas. Não aceitamos que, das unidades de saúde à função pública, passando pelos órgãos de comunicação social, escolas e universidades, todos estes espaços permaneçam exclusivos a portugueses brancos”; - “Uma comissão de inquérito independente aos assassinatos perpetrados pela policia”; - “A passagem do racismo a crime, público e com penas tipificadas no Código Penal”; - “A exclusão de conteúdos racialmente discriminatórios dos manuais escolares e do Plano Nacional de Leitura”; - “A reforma da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial, no sentido de garantir a representação das comunidades não-brancas e imigrantes”; - “Definição clara e inequívoca de práticas discriminatórias, com critérios de avaliação e punição”; - “Direito à nacionalidade e cidadania plena para todos os nascidos em Portugal, e para todos os habitantes no território nacional que a requeiram”; - “O direito ao voto para todos os residentes em Portugal”. Os subscritores terminam dizendo: “Ainda não conquistámos nada”. Passados dois anos e meio, Mamadou Ba e as forças de segurança estão mais distantes do que nunca. Na sequência do seu post e posteriores intervenções públicas a criticar a atuação dos agentes da PSP, foram muitos os polícias e ex-polícias que, também no Facebook, deixaram registada a sua raiva – e o seu ódio – face a Mamadou. O Polígrafo revelou publicamente as páginas em questão e na sequência da notícia a PSP tomou duas medidas: denunciou as páginas e anunciou o levantamanto de processos disciplinares aos agentes identificados. Avaliação do Polígrafo:
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