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  • Enquanto a Covid-19 não tiver cura nem tratamento, muitas serão as dúvidas sobre quais os efeitos de determinada vitamina ou medicamento no combate a esta pandemia. A relação entre a doença e os níveis de vitamina D no organismo tem sido questionada e alguns cientistas sugerem que este composto orgânico poderá ser uma mais-valia no combate à Covid-19. “Não há qualquer estudo bem feito que relacione a utilidade da suplementação de vitamina D no combate à Covid-19. Se as pessoas querem dar, também mal não há de fazer, caso a pessoa tenha défice de vitamina D”, explica Filipe Froes, pneumologista e coordenador do Gabinete de Crises da Ordem dos Médicos, questionado pelo Polígrafo. “Nós corrigimos défice de vitamina em todos os doentes, nós não damos vitaminas para tratar a Covid-19”. “Aumentar os níveis para determinados valores com base no combate à Covid-19, não existe nenhum estudo que valide essa situação”, sublinha o pneumologista. No entanto, o conselheiro da Direção-Geral da Saúde (DGS) reconhece que estão a decorrer vários estudos ao nível mundial que visam testar várias hipóteses. “A vitamina D será certamente uma hipótese que algum dia será validada. Neste momento não existem dados que permitam assegurar que tem eficácia, que tem ineficácia, se é placebo, se faz bem, se faz mal ou se é lixo”. Também questionado pelo Polígrafo, o Infarmed explica que “embora possa existir uma plausibilidade biológica, não há evidência científica de que tomar suplementos de vitamina D, ou quaisquer outros suplementos, possa proteger da infeção por SARS-CoV-2, ou que a vitamina D pode ser usada no tratamento desta infeção”. Além disso, “não existem também, dados relativos aos níveis de vitamina D entre as pessoas infetadas, que pudessem estabelecer uma relação entre uma deficiência em vitamina D e uma maior suscetibilidade para a COVID-19”, acrescenta a autoridade nacional do medicamento. “A vitamina D será certamente uma hipótese que algum dia será validada. Neste momento não existem dados que permitam assegurar que tem eficácia, que tem ineficácia, se é placebo, se faz bem, se faz mal ou se é lixo”, sublinha o pneumologista Filipe Froes. Por outro lado, Filipe Froes alerta para os riscos da sobredosagem de vitaminas através da suplementação não indicada pelos médicos. “Isto é bom para quem? Para quem vende isso. Muitas vezes as pessoas estão desesperadas e há uma manipulação desta angústia, desta ansiedade e deste medo para a venda de produtos que supostamente são benéficos”, adverte, indicando que a melhor forma de as pessoas se protegerem é através do “conhecimento” sobre a doença. Diferentes investigações analisaram a relação entre a vitamina D e doenças pulmonares como a Covid-19 e a gripe, tendo identificado que este composto orgânico – que é produzido pela pele quando recebe luz solar – poderá ter benefícios no sistema imunitário. Porém, ainda não existe nenhum ensaio clínico que analise o efeito desta vitamina na Covid-19. Um grupo de cientistas, liderado por William B. Grant, publicou um artigo a 2 de abril na revista MDPI apresentando uma análise sobre “o papel da vitamina D na redução do risco de infeções de trato respiratório”, incluindo a gripe e a Covid-19, e também no sentido de verificar “de que forma é que a suplementação de vitamina D poderia ser uma medida útil para reduzir o risco”. “Isto é bom para quem? Para quem vende isso. Muitas vezes as pessoas estão desesperadas e há uma manipulação desta angústia, desta ansiedade e deste medo para a venda de produtos que supostamente são benéficos”, adverte Filipe Froes, indicando que a melhor forma de as pessoas se protegerem é através do “conhecimento” sobre a doença. “Através de vários mecanismos, a vitamina D consegue reduzir o risco de infeções”, aponta-se no estudo, identificando vários argumentos para defender a teoria: “Vários estudos de observação e ensaios clínicos reportaram que a suplementação de vitamina D reduz o risco de gripe, onde outros não. Há evidências que mostram que o papel da vitamina D na redução do risco da Covid-19 inclui que o surto ocorreu no Inverno, uma altura em que a concentração de 25-hidoxivitamina D (24(OH)D) são mais baixas; que o número de casos no hemisfério sul, perto do fim do Verão, são baixos; que a deficiência de vitamina D foi identificada como contribuindo para a síndrome respiratória aguda grave; e que as taxas de mortalidade aumentam com a idade e com comorbidades de doenças crónicas, ambos associados com baixa concentração de 25(OH)D”. Também um relatório publicado na Research Square aponta para uma relação entre a os baixos níveis de vitamina D em 20 países europeus e a taxa de letalidade causada pela Covid-19. Os resultados mostraram que “os níveis de vitamina D são extremamente baixos na população envelhecida, especialmente em Espanha, Itália e Suíça”. Ou seja, “no grupo populacional mais vulnerável em relação à Covid-19”. Será necessário elaborar mais estudos – nomeadamente ensaios clínicos – que comprovem o verdadeiro efeito da suplementação de vitamina D na prevenção e combate à Covid-19. Neste momento está a decorrer um estudo desenvolvido pela Universidade de Granada, em Espanha, que pretende verificar se o aumento da dosagem de vitamina D tem impacto ou não no combate à doença. A investigação está a decorrer e a publicação dos resultados está prevista para o mês de junho. Recentemente, a Public Health England (agência executiva do Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido) aconselhou os cidadãos britânicos a tomarem suplementos de vitamina D devido à situação de confinamento que se vive no país, causado pela pandemia de Covid-19. Uma vez que este composto orgânico é desenvolvido através da ação do Sol na pele, as autoridades receiam que, por estarem durante um longo período fechados em casa, os indivíduos possam registar uma quebra nos níveis de vitamina D e que esse défice possa ter impacto na manutenção dos ossos e músculos. No entanto, a Public Health England indicou que não dispõe de provas científicas de que esta vitamina possa reduzir o risco de se ser infetado e desenvolver Covid-19. _______________________________ Avaliação do Polígrafo:
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