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  • Trata-se de parte de um documento do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, depois da realização de um teste de antigénio (TRAg) ao novo coronavírus. O resultado do teste foi negativo, mas as “observações” no documento estão a gerar dúvidas. Passamos a transcrever: “Os testes TRAg devem ser utilizados nos primeiros cinco dias (inclusive) de sintomas. Se a amostra não tiver sido colhida nos primeiros cinco dias (inclusive) de sintomas, é muito provável que o antigénio do vírus não seja detetado. Este teste não deve ser utilizado em utentes assintomáticos. Um resultado ‘não detetável’ deverá ser confirmado por teste molecular de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN) por RT-PCR”. A publicação nas redes sociais inclui duas alegações e uma questão: “O que diz sobre testes antigénio é claro: (1) não devem ser usados em assintomáticos; (2) devem ser usados em sintomáticos, nos primeiros cinco dias de sintomas, para maior eficácia/fiabilidade. Pelo que pergunto: como é que algum jornalista, perito ou político dorme descansado sabendo que houve 82 mil testes antigénio a pessoas sem sintomas?” Contactado pelo Polígrafo, Germano de Sousa confirma a informação presente na imagem e explica que os testes de antigénio têm, de facto, uma maior eficácia quando são realizados nos primeiros cinco dias de sintomas da Covid-19. “No teste de antigénio há uma pesquisa das proteínas do vírus. Esse teste, aconselhavelmente, deve ser feito em pessoas com alguns sintomas para permitir saber se o indivíduo é positivo ou negativo. Se for negativo, ninguém garante que esse indivíduo não tenha sido contaminado pelo vírus”, afirma o antigo bastonário da Ordem dos Médicos. Os testes rápidos de antigénio são um dos três meios de identificação da infeção pelo novo coronavírus especificados na Norma 019/2020 da Direção-Geral de Saúde (DGS). Neste documento é referido que estes testes “devem ser utilizados nos primeiros cinco dias (inclusive) de doença de modo a diminuir a probabilidade de obtenção de resultados falsos negativos” e que os TRAg “são testes com melhor performance em doentes com cargas virais mais elevadas, o que acontece geralmente na fase pré-sintomática (1-3 dias antes dos sintomas) ou nas fases sintomáticas da doença (5-7 dias)”. A DGS ressalva que, segundo a evidência científica disponível, “a carga viral em assintomáticos é idêntica à dos sintomáticos”, o que significa que os testes rápidos “podem ser utilizados no diagnóstico de contactos assintomáticos de casos de Covid-19 em situações contextualizadas”. A concentração vírica de SARS-CoV-2 está relacionada com o tempo que passou desde que houve o contágio. No dia em que o indivíduo é infetado, a concentração é demasiado baixa para ser detetada por qualquer um dos testes disponíveis. Os vírus vão-se multiplicando e, ao terceiro dia, o teste molecular de amplificação de ácidos nucleicos (que inclui o teste PCR) já consegue identificar a presença do vírus. No caso do teste de antigénio – que identifica a proteína do vírus –, essa deteção só acontece entre um e três dias antes do aparecimento de sintomas ou na fase sintomática da doença. O local da recolha da amostra é também importante, uma vez que a região da nasofarínge – que é alcançada através da zaragatoa – é a que apresenta uma maior concentração de vírus. “A esperança é que, em alguns desses assintomáticos, a concentração de vírus seja já alta o suficiente para dar positivo. Porque há assintomáticos que têm o nível de concentração vírica elevado. Mas há muitos que vão passar despercebidos e que são falsos negativos. Por isso é que dizemos: um negativo não dá garantia absoluta que é negativo – isto para evitar que as pessoas tenham uma sensação de autoconfiança e deixem de ter os cuidados habituais”, explica Germano de Sousa. O médico refere ainda que a repetição periódica da testagem aumenta a probabilidade de se identificarem pacientes que, estando infetados pelo coronavírus, ainda não desenvolveram sintomas. Há duas razões que justificam a utilização dos TRAg nos rastreios: por um lado, estes testes apresentam resultados mais rapidamente do que os testes laboratoriais; por outro lado, são mais baratos. Ao realizar uma testagem periódica em massa com os testes de antigénio, as autoridades de saúde conseguem identificar, de forma célere, os casos positivos, isolando o paciente e quebrando as cadeias de transmissão. Por outro lado, os casos negativos não podem ser entendidos como ausência da infeção, uma vez que o utente pode estar contaminado e não ter uma carga viral suficientemente elevada para ser identificada pelo teste. Estes testes são ainda utilizados em situações de surto, “por forma a permitir uma atuação rápida na aplicação de medidas de saúde pública”, explica a DGS, ou em casos em que os testes de laboratório estão “indisponíveis ou sem resposta em tempo útil”. Em qualquer das circunstâncias, um resultado negativo num teste TRAg motiva, segundo a norma da DGS, a realização de “um teste molecular (TAAN) confirmatório, no máximo nas 24 horas seguintes, nas situações de elevada suspeita clínica de Covid-19”, por forma a excluir a possibilidade de um falso negativo. Concluindo: de facto, os testes de antigénio são mais eficazes quando realizados nos primeiros cinco dias de sintomas da Covid-19. No entanto, um indivíduo assintomático poderá ter um teste positivo caso tenha uma carga viral elevada. A realização destes testes nos rastreios massivos permite identificar casos positivos entre a comunidade, quando não há suspeitas de contactos de alto ou baixo risco. Em casos de contacto de risco, o resultado negativo num teste TRAg terá de ser verificado por um teste laboratorial. No caso dos rastreios, a periodicidade da testagem vai aumentar a probabilidade de identificar indivíduos assintomáticos. __________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “verdadeiro” ou “maioritariamente verdadeiro” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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