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| - “Protesto na Austrália contra o microchip e vacina. Agora lá é obrigatório usar o microhip“, destaca-se na mensagem associada a um dos vídeos da manifestação que se espalharam pelas redes sociais.
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O implante de microchips nas pessoas “agora é obrigatório na Austrália”?
É verdade que ocorreu um protesto na Austrália, juntando cerca de 100 manifestantes no centro de Melbourne, tal como foi reportado no dia 10 de maio pelo jornal britânico “The Guardian”. Foi um protesto contra contra a implantação de microchips nas pessoas, contra a administração de vacinas e contra a instalação da nova rede de telecomunicações 5G.
Na medida em que quebraram as regras de distanciamento social em vigor, no decurso da pandemia de Covid-19, ocorreram algumas detenções de manifestantes pela polícia australiana.
As imagens do protesto, replicadas nas redes sociais, foram captadas pelo Channel 9, estação de televisão australiana. No vídeo pode ouvir-se um dos manifestantes a afirmar que “o Governo quer usar o novo coronavírus para implantar o microchip em humanos“.
Também se alega que as mortes atribuídas à Covid-19 terão sido exponenciadas pela rede 5G. Nesse âmbito, tal como o Polígrafo já sinalizou em artigo recente, a suposta correlação entre as mortes causadas pelo novo coronavírus e a rede 5G carece de evidência científica.
Quanto à implantação de microchips em humanos, como forma de controlo e subjugação, tem sido um tema recorrente de teorias de conspiração que estão a propagar-se nas redes sociais desde o início da pandemia. Na maior parte dos casos surgem associadas à alegação de que Microsoft (fundada por Bill Gates) terá registado uma patente internacional relacionada com a introdução de chips em pessoas, como forma de as instrumentalizar e obter lucros.
Tal como o Polígrafo já salientou em artigo recente, o facto é que a Microsoft, em junho de 2019 (ou seja, antes do aparecimento do novo coronavírus), efetuou um registo de propriedade intelectual de um seu projeto baseado em criptomoeda e no registo de dados sobre a atividade corporal – não recorrendo a um microchip nas pessoas, mas através de objetos que se usam ou vestem, como os smartwatches, computadores, telemóveis ou tablets.
De resto, não é verdade que o implante de microchips nas pessoas “agora é obrigatório na Austrália”. Não encontramos qualquer informação que aponte nesse sentido. Nem qualquer anúncio por parte das autoridades australianas sobre essa matéria.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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