schema:text
| - No dia 15 de outubro, Pedro Nuno Santos participou em audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, a propósito das medidas de apoio ao setor da aviação civil, os objetivos do plano de reestruturação da TAP e a posição do Governo face à investigação da Comissão Europeia à SATA, mediante requerimento do Bloco de Esquerda.
Durante a sua intervenção, o ministro das Infraestruturas e da Habitação revelou que “no total do grupo [da TAP], neste momento, saíram já 1.200 [trabalhadores] e prevê-se que saiam 1.600 até ao final do ano“.
Nesse âmbito defendeu que os despedimentos são inevitáveis. “Nós não podemos fazer de outra maneira, nomeadamente manter emprego que depois, obviamente, não tem trabalho”, alegou.
Há cerca de quatro meses, porém, quando o Governo preparava a renacionalização da TAP, o mesmo ministro assegurara que os despedimentos “não têm que ser inevitáveis“.
De facto, no dia 16 de junho, Santos garantiu que os despedimentos “não têm que ser inevitáveis” para reestruturar a TAP, considerando que o processo terá de contar com a participação dos sindicatos.
“Os despedimentos não têm que ser inevitáveis. Há várias formas de fazermos uma reestruturação da empresa. O que ela tem é de ser feita com os sindicatos e há várias formas de fazermos isso. Os sindicatos têm várias sugestões e propostas. É um trabalho que vamos fazer”, declarou então Santos.
No dia 3 de julho, aliás, o mesmo ministro recusou novamente assumir um cenário de despedimentos na TAP, no âmbito do processo de reestruturação.
“Inevitabilidades não as assumo. Não faz sentido estar a assumir cenários que decorrerão de um plano de reestruturação”, assegurou Santos, questionado sobre a possibilidade de a reestruturação da empresa implicar uma redução do número de trabalhadores.
Na conferência de imprensa em que foi anunciado o acordo com os acionistas privados da TAP que vai traduzir-se na saída do empresário David Neeleman e no reforço da posição acionista do Estado de 50% para 72,5%, o ministro afirmou que “há várias soluções“, pelo que “não precisamos nesta fase de assumir inevitabilidades que decorrerão de uma negociação” que vai ainda ser feita.
Admitindo que o processo “é exigente e difícil”, Santos repetiu várias vezes que não iria “assumir já inevitabilidades”, uma vez que as opções são várias.
________________________
Avaliação do Polígrafo:
|