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  • Não é verdade que, em 2022, o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que retirasse do ar um vídeo em que o ex-juiz Sergio Moro defende a Operação Lava Jato. Na verdade, o pedido se referia ao compartilhamento feito por Moro de um vídeo da campanha do então presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Publicações com o conteúdo enganoso somavam 10 mil curtidas no Instagram e centenas de compartilhamentos no Facebook até a tarde desta sexta-feira (1°). Lula para proibir e retirar esse vídeo [pronunciamento do ex-juiz Sergio Moro sobre a Lava Jato] de todas as redes sociais Posts nas redes enganam ao fazer crer que, em 2022, Lula pediu ao TSE que fosse retirado do ar um pronunciamento gravado pelo então juiz Sergio Moro (União Brasil-PR), hoje senador, em defesa da Lava Jato. O pedido de Lula, feito em setembro de 2022, é referente a um vídeo da campanha de Bolsonaro compartilhado naquele mês por Moro nas redes. Na peça eleitoral de Bolsonaro são exibidas imagens de diversas reportagens de emissoras de TV noticiando a condenação de Lula no âmbito da Lava Jato, além de registros de delações. Ao final, o conteúdo alega que o petista estaria mentindo ao dizer que foi inocentado pela Justiça. Como já explicado pelo Aos Fatos, em 21 de abril de 2021, Lula teve todos os os processos iniciados pela Operação Lava Jato anulados, após o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir que Moro, que ouviu as acusações, não tinha imparcialidade para que Lula fosse julgado justamente. O pedido de Lula pela retirada do vídeo de Moro foi analisado e negado pelo ministro do TSE Paulo de Tarso Sanseverino. Segundo o ministro, a peça eleitoral “não transmitia informação gravemente descontextualizada ou suportada por fatos sabidamente inverídicos, que extrapole o debate político-eleitoral e o direito à crítica inerente ao processo eleitoral”. O pronunciamento de Moro em defesa da Lava Jato foi publicado em maio de 2022, antes, portanto, do período eleitoral daquele ano. Na gravação, Moro defendeu a operação e, sem citar nomes, acusou “alguns” ministros do STF de atuarem para desacreditar e destruir a investigação. O caminho da apuração Por meio de busca reversa de imagens, Aos Fatos identificou os trechos dos vídeos utilizados na montagem difundida nas redes sociais. Constatamos que o pedido feito por Lula ao TSE, em setembro 2022, não é referente ao vídeo gravado por Moro em maio daquele ano, em que o então ex-juiz saiu em defesa da Lava Jato.
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