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| - Numa publicação partilhada no Facebook afirma-se que o Partido Comunista Português (PCP) lucrará 1,4 milhões de euros com a Festa do “Avante!”. “‘Esperança’ diz o Jerónimo, utilizando 12.000 voluntários, que não recebem ‘cheta’!!!”, lê-se no texto em causa.
De acordo com a teoria, ao cobrar 35 euros por cada um dos 40.000 bilhetes que venderá, o partido liderado por Jerónimo de Sousa receberá 1,4 milhões de euros. A isso, junta-se o facto de o PCP não ter encargos com trabalhadores – “são utilizados 12.000 voluntários”, segundo a publicação -, nem com impostos.
Estarão estes cálculos corretos?
Em primeiro lugar é preciso esclarecer que, ao contrário do que se defende na publicação, o preço do bilhete para a Festa do “Avante!” é de 26 euros, e não de 35 euros, até 3 de setembro. Nos três dias seguintes, em que ocorre o evento, o preço sobe para 38 euros.
Contactado pelo Polígrafo, o PCP recusa comentar a alegação. “Não comentamos lixo sem credibilidade que circula nas redes sociais.” Na página de Facebook da Festa do “Avante!”, o PCP explica que “em 2019, a Festa do “Avante!” teve um saldo negativo de 564 mil euros”, mas deixa a ressalva de que o resultado incorpora “o investimento no terreno para melhoria do acolhimento ao visitante”.
Contactado pelo Polígrafo, o PCP recusa comentar a alegação. “Não comentamos lixo sem credibilidade que circula nas redes sociais.” Na página de Facebook da Festa do “Avante!”, o PCP explica que “em 2019, a Festa do “Avante!” teve um saldo negativo de 564 mil euros”, mas deixa a ressalva de que o resultado incorpora “o investimento no terreno para melhoria do acolhimento ao visitante”
Na descrição da publicação o PCP afirma: “A importância da Festa do “Avante!” vai muito para lá de qualquer questão financeira. Ela é um espaço ímpar de solidariedade, camaradagem e certeza num futuro melhor e mais justo!”
Conclui-se, portanto, que a publicação em causa é, no mínimo, imprecisa, uma vez que se baseia em números errados – como o preço dos bilhetes – e que utiliza critérios redutores para calcular as receitas e as despesas do evento. O facto de o PCP se recusar a divulgar informação detalhada sobre as contas da festa que marca a reentrada política do partido também não contribui para que se analise o tema de forma totalmente rigorosa.
Avaliação do Polígrafo:
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