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| - “Em finais de 2021 o PIB português permanece abaixo do PIB de 2019, tanto em preços correntes como em volume. De sublinhar a diferença de fundo, em 2019 as despesas do Estado representavam 42,5% do PIB, em 2021 48,1% ( um diferencial que corresponde a um aumento de 10,382 mil milhões de euros da despesa do Estado)”, lê-se na publicação de 30 de abril, difundida na rede social Facebook.
E continua: “A despesa pública ascendeu a 49,9% do PIB em 2019, o anterior máximo datava de 2010, quando foram gastos 93,216 mil milhões de euros, 51,9% do PIB, durante o governo de José Sócrates.” O Polígrafo consultou as fontes oficiais e pode garantir que todos os dados destacados na publicação estão corretos.
Comecemos pelo PIB em preços constantes: em 2019, Portugal registava 203.854,9 milhões de euros, um montante histórico que pode ser considerado, até agora, o grande pico do país desde, pelo menos, 1960. Os dados disponibilizados pelo Pordata mostram ainda que, depois desse ano, e com o início da pandemia de Covid-19, o PIB em preços constantes baixou para os 186.644,5 milhões de euros em 2020, tendo recuperado em 2021 (195.660,7 milhões de euros), mas não o suficiente para ficar acima do valor registado em 2019.
Numa óptica da despesa, ou seja, calculando quanta da riqueza criada provém do consumo, do investimento ou das exportações, a verdade é que também o PIB de 2021 ficou aquém do de 2019. Nesse ano, esta variável batia também um recorde e atingia os 214.374,6 milhões de euros. Mas se, em 2020, o PIB registou uma queda para os 200.087,6 milhões de euros, em 2021 este voltaria a subir até aos 211.277,5 milhões de euros (um valor ainda assim inferior ao de 2019).
Mais, de acordo com os dados compilados pelo Eurostat e Pordata, as despesas do Estado português representaram mesmo 42,5% do PIB em 2019. Relativamente ao ano de 2021, os valores provisórios apontam para os tais 48,1% mencionados na publicação.
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Avaliação do Polígrafo:
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