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| - “Quem tem alergia não pode usar máscara”, alega-se numa publicação que está a circular nas redes sociais. O autor do texto explica que as pessoas que sofrem de sinusite, rinite e alergias têm “tosse, espirro, falta de ar” ou “dor, ardência e comichão nos olhos, garganta e ouvidos quando a crise é muito forte”.
Além disso, garante-se também que as pessoas nessa situação ficam cansadas, stressadas, com dores de cabeça e deixam de “sentir o cheiro” das coisas. “Somos alérgicos e às vezes a própria máscara causa alergia”, acrescenta-se no alerta.
A publicação foi denunciada pelos utilizadores do Facebook como sendo falsa ou enganadora. Há dados científicos que comprovem que as máscaras não devem ser utilizadas por quem sofre de alergias?
Questionado pelo Polígrafo, Pedro Carreiro Martins, imunoalergologista e professor na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, garante que o alerta da publicação é falso, sublinhando que “as máscaras podem até ajudar a evitar o contacto com alérgenos”. Ou seja, as substâncias de origem natural, sejam elas ambientais ou alimentares, que podem induzir uma reação de hipersensibilidade.
O especialista assume que há pessoas que reportam “um desconforto na respiração nasal quando utilizam a máscara, que poderá ser maior em quem tem rinite não controlada”. Mas, nestes casos, Pedro Carreiro Martins avisa que “o melhor é tratar a rinite e usar máscara”.
Podemos concluir que a publicação a circular nas redes sociais é falsa. Carreiro Martins informa que a máscara pode até ter um duplo efeito de proteção, ao ajudar também a evitar o contacto com os alérgenos. A quem tem rinite não controlada e sente desconforto por utilizar equipamento de proteção individual, o imunoalergologista aconselha a tratar a doença e a utilizar máscara.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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