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| - “Em preparação para a ‘descida’ do IVA, o Continente aumentou o preço da cebola em 25%! Esta cebola doce, da qual sou consumidor há anos, aumentou no ano passado de 1,89€ para 2,39€ e, na semana passada – quando já se antevia claramente a descida do IVA nos produtos alimentares básicos – aumentou de 2,39€ para 2,99€“, alega-se num post de 27 de março no Facebook, enviado ao Polígrafo com pedidos de verificação de factos.
Exibe uma imagem do produto à venda no site dos supermercados Continente: uma embalagem de um quilograma de cebola doce da marca Continente surge com o referido preço de 2,99€.
Importa aqui sublinhar que a isenção de IVA (ou seja, taxa de 0%) num cabaz de 46 produtos alimentares essenciais (determinado pelo Governo) entrou em vigor no dia 18 de abril, cerca de três semanas depois do suposto aumento de preço da cebola doce nos supermercados Continente.
Esta denúncia tem fundamento?
De facto, o preço atual do referido produto – embalagem de um quilograma de cebola doce da marca Continente – nos supermercados dessa cadeia cifra-se em 2,82€ sem IVA e 2,99€ com IVA.
Questionada pelo Polígrafo, fonte oficial da cadeia de supermercados Modelo Continente indica que “o preço atual é de 2,82€/kg, por estar integrado na lista de produtos definidos pelo Governo com IVA a 0%”.
A mesma fonte confirma que o preço já foi de 2,39€, mas desde o dia 21 de março que se mantém a 2,99€. Justificação? “As flutuações de preço são reflexo do mercado, nomeadamente dos custos de produção“.
“As oscilações de preços dos artigos à venda nas lojas dependem de vários fatores como a procura do mercado, os custos de produção e respetivas variações ao longo de toda a cadeia alimentar até à distribuição. Esta oscilação – ascendente ou descendente – é naturalmente refletida no preço final de venda, com ou sem imposto de valor acrescentado”, explica.
De resto, conclui que a cadeia de supermercados Modelo Continente “procura constantemente encontrar as melhores soluções, pelo que nos últimos anos, para fazer face aos aumentos sucessivos dos preços, tem vindo a procurar mercados alternativos para determinados produtos, assim como a reduzir a sua margem bruta. Iremos continuar a criar soluções de poupança, em articulação com os nossos parceiros, por forma a ir ao encontro das necessidades das famílias”.
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Avaliação do Polígrafo:
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