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| - “A Bélgica deixou falir a Sabena e criou, a partir dos seus ativos, a Brussels Airlines poupando uma fortuna aos contribuintes belgas. A Suíça deixou falir a Swissair e criou, a partir dos seus ativos, a Swiss, poupando uma fortuna aos contribuintes suíços. A Itália deixou falir a Alitália e vai criar a ITA no sentido de poupar uma fortuna aos contribuintes italianos. Mas Portugal insiste em manter a TAP absolutamente falida e ligada à máquina, onde vai torrar, uma vez mais, o dinheiro dos contribuintes portugueses”, pode ler-se numa publicação difundida nas redes sociais, datada de 17 de outubro.
Confirma-se?
Sim. A Brussels Airlines foi, de facto, a sucessora da antiga companhia aérea Sabena. A transportadora belga faliu em 2001, atribuindo-a em parte ao colapso da co-proprietária Swissair, que não terá conseguido cumprir a promessa de injetar 105 milhões de euros em capital. O governo belga interveio para fornecer financiamento de emergência para a Sabena, mas foi restringido pelas regras da Comissão Europeia sobre ajuda estatal.
A Swissair, companhia área suíça, colapsou no mesmo ano, com uma dívida de 17 mil milhões de francos suíços (cerca de 11 mil milhões de euros), em parte pela acumulação de participações noutras companhias, como a belga Sabena. Foi substituída pela Swiss International Airlines, nova companhia de bandeira da Suíça e unidade do grupo alemão Lufthansa.
A Alitalia é o exemplo mais recente. Depois de acumular 11,4 mil milhões de euros em prejuízos desde o início do milénio, foi substituída por uma nova empresa estatal, a Italia Transporte Aéreo (ITA). A Comissão Europeia autorizou o lançamento da nova companhia e aprovou a injeção de 1,35 mil milhões de euros para a sua criação, considerando que está em linha com as condições de mercado e que, por isso, não constitui uma ajuda de Estado.
Em comunicado, os serviços da concorrência europeia determinaram que a ITA, a nova empresa, não é “economicamente dependente da Alitalia” e que, por isso, “não terá de reembolsar a ajuda ilegal” que foi recebida pela Alitalia (cerca de 900 milhões de euros). A ITA começou a operar a 15 de outubro e conta com 52 aviões e 2800 trabalhadores.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
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Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
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