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  • É preciso puxar a fita atrás para perceber como uma informação falsa se tornou viral. Tudo começou às 13h32 do dia 6 de setembro de 2014, quando um utilizador do Facebook com o nome Paulo Dias partilhou um alegado “aviso da PSP” que tinha chegado por email. O texto, alarmista, começava assim: “Muita atenção senhores/senhoras condutores das zonas de Braga, Porto, Coimbra e Lisboa/Máfia de Leste — (Grupos Romenos)“. De seguida, era explicado que o esquema da tal “máfia” era atirar “um ovo contra o para-brisas” para forçar o condutor a reduzir a velocidade antes do ataque. Eram relatados casos similares em Espanha, em que, com recurso a este estratagema, crianças tinham sido raptadas do banco de trás dos carros. Para aumentar a credibilidade da história era acrescentada uma fotografia com um logótipo da PSP. Tudo falso. A história parece inverosímil aos leitores mais atentos, a PSP desmentiu-a em 2015, mas isso não impediu que continuasse a ser partilhada: desde 2014 até hoje foram mais de 213 mil partilhas. Ainda nas últimas semanas — mais de quatro anos e meio depois dessa primeira publicação viral — houve utilizadores a comentarem o conteúdo como se fosse verdadeiro. Voltando ao artigo inicial, este terminava com um apelo, quase desesperado, à partilha: “Divulguem este email o mais que puderem e ajudem-nos a combater esta praga, porque amanhã pode ser um de nós”. Há comentários a alertar, no próprio post, que o conteúdo é falso, mas mesmo assim há quem continue a comentá-lo como se fosse verdadeiro. Alguns utilizadores alertam que aquele tipo de conteúdo pode fomentar o racismo contra romenos, mas há outros que aproveitam para, precisamente, fazer comentários racistas. O boato sobreviveu e foi-se multiplicando por páginas do Facebook e blogues. De tal forma que a PSP teve de reagir também através do Facebook. A 20 de novembro de 2015, a polícia deixava claro que o aviso era falso. A PSP alerta todos os utilizadores para um FALSO aviso que se encontra a ser difundido pelas redes sociais com a imagem da Polícia de Segurança Pública. Reforçamos novamente que se trata de um falso alerta. Por favor partilhem esta informação e, na dúvida, entrem em contacto connosco. Obrigado”, escreveram as autoridades. Ainda assim, o post da PSP só teve 3,6 mil partilhas — contra 213 mil partilhas do post daquele utilizador. O próprio Facebook também não podia fazer nada para impedir que este falso aviso continuasse a ser viral (depois da publicação do presente artigo do Observador, o Facebook já irá agir e reduzir o número de vezes que aparece este conteúdo — o que à partida fará com que o falso aviso não volte a ficar viral naquela rede social). Em novembro de 2018, o jornal Polígrafo já tinha alertado que o esclarecimento da PSP não tinha sido suficiente para evitar as partilhas, que continuaram nesse ano. O caso é uma prova de como os boatos sobrevivem nas redes sociais ao longo de anos. A origem deste tipo de mensagens falsas ainda é anterior à massificação do Facebook e já em 2005 eram difundidos emails assinados pela Polícia de Segurança Pública que não tinham origem naquela entidade. Em 2009, a história repetiu-se, com a PSP a ter de voltar a desmentir o conteúdo de alegados avisos que tinha feito por email. Nessa altura, o falso alerta era contra “ucranianos que estão nos sinais em Braga, Porto, Coimbra, Lisboa”, que pertenceriam a “Máfias de Leste”. E a mensagem era transmitida por um falso “tenente”. Conclusão O conteúdo é completamente falso e nem desmentidos da PSP ao longo dos anos impediram que o boato continuasse a ser veiculado. A escrita é pouco cuidada e amadora, mas bastou um logótipo da PSP para que milhares de pessoas acreditassem no conteúdo do post — e que mais de 200 mil o partilhassem. Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é: No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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