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  • Não é verdade que a Secretaria de Educação do Distrito Federal ofereceu um curso obrigatório para ensinar professores a 'atrapalhar o governo Bolsonaro'. A desinformação surgiu em correntes nas redes sociais no ano passado, antes da posse do atual presidente, e voltou a circular nesta semana, reformulada. Ao Aos Fatos, o órgão negou a veracidade das informações veiculadas. A peça de desinformação foi enviada ao Aos Fatos por leitores no WhatsApp, onde também circula (inscreva-se aqui). Versões do boato também vêm sendo compartilhadas no Facebook, onde já acumulam mais de 7.400 compartilhamentos. Todas as publicações foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação (entenda como funciona). Pessoal, leia isso: conheço uma pessoa na Secretaria de Educação do DF. Esses dias teve um curso obrigatório para todos os professores. Não tiveram aulas para as crianças, porque os professores estariam em Curso de Formação. Chegando lá, não foi permitida a entrada com celular. Passaram o dia inteirinho, do curso, ensinando como atrapalhar ao máximo o Governo Bolsonaro (...). A Secretaria de Educação do Distrito Federal nega que tenha ofertado qualquer curso obrigatório para os professores da rede com o intuito de atrapalhar o governo de Jair Bolsonaro por meio de orientações como “doutrinar todas as crianças”, “provocar a ira do presidente” e “o acusarem de ditador”. Tudo isso é boato, de acordo com o órgão. Além disso, Aos Fatos não encontrou qualquer evidência de cancelamentos de aula no Distrito Federal em razão de cursos oferecidos pela Secretaria de Educação. A última notícia de suspensão de aulas na região aconteceu em maio de 2018, em decorrência da greve dos caminhoneiros. A mensagem enganosa começou a circular como corrente de WhatsApp, de maneira mais genérica, ainda em novembro do ano passado, antes da posse de Bolsonaro. Na ocasião, a desinformação foi desmentida pelo Boatos.org. Aos Fatos identificou ainda versões da desinformação que são acompanhadas de um vídeo do suposto curso. A gravação, no entanto, foi feita na Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), uma universidade privada, e não mostra um treinamento voltado para professores. Em resposta ao Estadão, a Unicap disse que foi um “ato político cultural promovido pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), movimentos sociais e estudantis” e que a universidade “não fez parte da organização do evento, tendo apenas cedido o auditório”.
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