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| - “Aracely Henriquez foi a mulher raptada e brutalmente espancada por George Floyd e os seus cinco cúmplices, quando revistaram a sua casa à procura de droga e dinheiro. Ela estava grávida na altura e ele [George Floyd] perguntou-lhe se queria que matasse o seu bebé”, descreve-se no texto das publicações, em língua inglesa.
“Esta foi a última vítima de George Floyd, negro morto nos EUA”, acrescenta-se na versão em língua portuguesa que está a circular nas redes sociais, geralmente associada a outras publicações sobre as manifestações anti-racismo que se realizaram após a morte de George Floyd, vítima de violência policial.
Esta imagem da suposta “última vítima de George Floyd” é autêntica?
O facto é que esta imagem não é de Aracely Henriquez. A mulher retratada na fotografia é Andrea Sicignano, estudante norte-americana que foi assaltada e violada em Madrid, no final de 2018, como reportou o jornal espanhol “El País” na altura.
É verdade que George Floyd esteve envolvido num assalto a uma casa em 2007 que resultou em ferimentos na verdadeira Aracely Henriquez. De acordo com o relatório policial (analisado pela “Snopes”, plataforma norte-americana de verificação de factos), contudo, os ferimentos em Henriquez foram provocados por outro dos assaltantes, não por George Floyd.
Concluindo, além de a imagem ser de outra vítima de violência, em Espanha e não nos EUA e sem qualquer relação com George Floyd, as publicações sob análise também deturpam ou extrapolam detalhes do assalto de 2007 em que George Floyd participou. A “Snopes” analisou o registo criminal do visado e confirmou ou desmentiu várias alegações sobre o mesmo que se espalharam nas redes sociais ao longo das últimas semanas.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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