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| - Rui Rio garante que não será ajudante de alfaiate para o PS conseguir o fato à medida que é alterar a lei para construir o novo aeroporto do Montijo sem o aval das câmaras municipais, e que cabe ao Partido Socialista falar com as autarquias. “A lei permite que uma câmara possa vetar a realização de uma obra deste género, e o governo quer que, neste caso, a lei seja alterada. O PSD não está disponível para alterar uma lei para que seja conforme uma situação em concreto, a isso diremos sempre que não. Não fazemos fatos à medida. É isso que está em causa. Compete ao governo cumprir a lei em vigor, e, cumprindo, tem de dialogar com as câmaras”, afirmou Rio sobre o assunto.
Vários leitores questionaram o Polígrafo sobre se é ou verdade que Rio já declarou publicamente o apoio à construção do aeroporto no Montijo.
Em 31 de outubro de 2019, quando questionado pelos jornalistas sobre se considerava haver condições para avançar com a obra no Montijo, o social-democrata afirmou: “Sim, há.”
A resposta é sim. Em 31 de Outubro de 2019, quando questionado pelos jornalistas sobre se considerava haver condições para avançar com a obra no Montijo, o social-democrata afirmou: “Sim, há.” Um dia antes, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitira a proposta de Declaração de Impacte Ambiental relativa ao aeroporto e respetivas acessibilidades, tendo a decisão sido “favorável condicionada”, viabilizando o projeto. Rio disse ainda que “a obra ou é feita ou não é feita, compete à ANA (Aeroportos de Portugal) fazer a obra, compete fazê-la na legalidade, se a declaração de impacto ambiental diz de uma maneira faça-se dessa maneira”. Mais: que “a solução do Montijo é a solução mais barata e mais rápida” e que era a “desejável“.
“A solução do Montijo é a solução mais barata e mais rápida”, afirmou Rio.
Nessa altura, Rio não falou na obrigação de o Governo dialogar com as câmaras municipais – o único condicionalismo era técnico: se as autoridades na matéria concluíram que estavam garantidas as condições para avançar, não seria ele que se oporia. Agora, passados quatro meses, o argumento para a travagem é político.
Avaliação do Polígrafo:
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